Durante um protesto pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deputados e senadores bolsonaristas ocuparam, nesta terça-feira (5/7), as mesas diretoras da Câmara e do Senado. O grupo anunciou que permanecerá nos plenários até que suas demandas sejam atendidas. Em resposta à ação, foi realizada uma coletiva de imprensa na qual a reportagem do portal LeoDias esteve presente.
Na ocasião, parlamentares da esquerda se manifestaram contra o ato da extrema direita, com discursos da deputada federal erika Hilton (PSOL) e do deputado Túlio Gadêlha.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Érika Hilton e Túlio GadêlhaFoto: Portal LeoDias Obstrução na Câmara dos Deputados; na foto, parlamentares como Mario Frias e Marcel Van HattemReprodução: Instagram/@mariofriasoficial Internet Reprodução Internet Reprodução
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Ao fazer uso da palavra, Erika Hilton classificou a ocupação como “um sequestro do parlamento brasileiro” e acusou os bolsonaristas de colocarem seus próprios interesses acima das necessidades do povo, mencionando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da escala 6×1, entre outras pautas paradas.
“Apesar dos horrores que nós estamos presenciando agora dentro do plenário da Câmara dos Deputados — um sequestro do parlamento brasileiro pela extrema direita — é importante que a nação, que o país e que o povo observem o que está acontecendo aqui. Uma ala de deputados que querem colocar os interesses de uma família, que querem colocar os interesses de uma única pessoa, o ex-presidente da República, que articulou um golpe contra a democracia, planos para assassinar ministro, presidente e vice-presidente, acima dos interesses do povo brasileiro. O que a extrema direita hoje faz é assinar a sua cumplicidade com o golpe e dizer que o parlamento deve ser parado enquanto as instituições democráticas não se curvarem às exigências de Jair Messias Bolsonaro, que atacou contra esta casa, que planejou a invasão dos três poderes”, declarou.
Ela seguiu em sua fala: “Nós estamos presenciando um ato criminoso, covarde, mas profundamente simbólico ao Brasil. Enquanto o governo e a maior parte dos deputados e deputadas querem trabalhar pela redução dos impostos, querem avançar com o fim da escala 6×1, aqueles que planejaram um golpe à democracia sequestram a mesa da presidência e impedem os trabalhos de serem continuados… E o parlamento não irá se curvar à vontade, aos desejos da família Bolsonaro. Esta não é a casa da família Bolsonaro, esta é a casa do povo brasileiro e da democracia. Os trabalhos têm que continuar e o Brasil precisa avançar sem anistia para golpista.”
O deputado federal Túlio Gadêlha também se posicionou: “Essa atitude que nós presenciamos hoje fala muito sobre o 8 de janeiro, Tarcísio. Essa atitude fala muito sobre essa extrema direita que atrapalha o andamento das casas e ameaça as instituições brasileiras. Como se não bastasse as ameaças que foram feitas nas passeatas, nos protestos recentes, agora eles tentam impedir o parlamento de funcionar e é importante denunciar que essa atitude não acontece só nas ruas”, afirmou.






