A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) tomou a decisão de barrar a inclusão dos medicamentos Wegovy, Ozempic e Saxenda ao sistema, com base os preços das medicações, na última quarta-feira (20/8). O anuncio gerou críticas de sociedades médicas que fazem tratamento da obesidade e da diabetes.
Em nota publicada neste sábado (23/8), a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) manifestaram insatisfação com a medida.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Canetas de Ozempic e MounjaroReprodução: Novo Nordisk/Eli Lilly Embalagem de OzempicFoto: Thais Matos/UOL OzempicDivulgação Aplicação de caneta emagrecedoraReprodução: Freepik
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As sociedades afirmaram, em pronunciamento conjunto, que a decisão reforça a desigualdade ao acesso. “Hoje, sete em cada dez pessoas com obesidade dependem exclusivamente do SUS. Esse sistema que é muito bem delineado, um exemplo para outros países e que deve ser um orgulho nacional, precisa evoluir com urgência no cuidado às pessoas com obesidade”, disseram no texto.
As instituições ainda destacaram que no Brasil existem seis medicações para o tratamento de obesidade, aprovadas pela Anvisa, mas a desigualdade financeira dificulta o uso: O acesso aos mesmos é exclusivo apenas para quem consegue pagar”, criticaram.
O Ministério da Saúde também se pronunciou sobre o alto custo: “As decisões da Conitec sobre a incorporação de medicamentos no SUS consideram as melhores evidências científicas disponíveis, abrangendo eficácia, segurança e análises de custo-efetividade. No caso da liraglutida e da semaglutida, o impacto financeiro estimado é da ordem de R$ 8 bilhões anuais”, disse a comissão.
A determinação vetou remédios produzidos pela Novo Nordisk: o Saxenda (liraglutida), para o tratamento de pacientes com obesidade e diabetes tipo 2, e o Wegovy / Ozempic (semaglutida), para pacientes com obesidade e doença cardiovascular.






