Diante da possibilidade de manifestações após a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) reforçou, na manhã desta terça-feira (5/8), a segurança na região da Praça dos Três Poderes. O efetivo permanecerá no local pelos próximos dias.
Após o episódio desta segunda-feira (4/8) — quando, conforme mostrou a coluna do Metrópoles Grande Angular, manifestantes foram impedidos de descer até o Supremo Tribunal Federal (STF) —, a nova estratégia das forças de segurança é ampliar o controle de todo o entorno da Praça dos Três Poderes.
Hugo Barreto/Metrópoles
@hugobarretophoto
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Conforme apurou a reportagem, haverá reforço no perímetro da Praça, incluindo anexos e áreas em frente aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF.
As forças de segurança não descartam bloqueios no trânsito, mas apenas se houver necessidade apontada pelo Batalhão de Trânsito ou pelo setor de inteligência da PMDF, que mapeou manifestações nos próximos dias.
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As medidas fazem parte do plano de segurança elaborado após o ministro do STF Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar de Bolsonaro. Logo após a decisão, carreatas organizadas por apoiadores do ex-presidente mobilizaram as forças policiais. Os grupos seguiram em direção ao condomínio onde Bolsonaro mora, no Jardim Botânico (DF).
Prisão domiciliar
Na decisão desta segunda, Moraes argumenta que houve o descumprimento de medidas cautelares que haviam sido estipuladas anteriormente.
O estopim para a domiciliar foi a participação de Bolsonaro, via telefone, em uma manifestação bolsonarista realizada no último domingo (3/8) no Rio de Janeiro. Participação essa que foi republicada pelos filhos Carlos e Flávio Bolsonaro nas redes sociais.
Na data, Bolsonaro estava em casa, em Brasília, justamente por conta das medidas cautelares impostas anteriormente.
“A Justiça não permitirá que um réu faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico. A Justiça é igual para todos. O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares-pela segunda vez e deve sofrer as consequências”, diz a decisão de Moraes.
Além da prisão domiciliar, Bolsonaro deverá cumprir as seguintes medidas:
- Proibição de visitas, salvo de seus advogados regularmente constituídos e de outras pessoas previamente autorizadas pelo STF;
- Proibição expressa de utilizar celulares, tirar fotos ou gravar imagens durante as visitas;
- Proibição de uso de celular, diretamente ou por intermédio de terceiros; e
- Manutenção expressa das proibições anteriores de manter contatos com embaixadores e autoridades estrangeiras, bem como de utilização de redes sociais, direta ou indiretamente por terceiros.