12 dezembro 2025

Advogado de Heleno volta a ironizar demora em julgamento de Bolsonaro: “Gostaria de jantar”

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O advogado Matheus Milanez, representante do general Augusto Heleno no caso da tentativa de golpe de Estado, voltou a brincar sobre a “vontade de jantar” durante a leitura de voto do ministro Luiz Fux, durante o julgamento, nesta quarta-feira (10/9). Àquela altura, o magistrado já defendia sua posição a favor da anulação do processo há mais de nove horas.

Em suas redes sociais, o membro da defesa do ex-ministro de Jair Bolsonaro publicou: “Gente, eu minimamente gostaria de jantar”. Apesar do pedido feito nas mídias digitais, Fux destacou que seguiria seu discurso “até a hora que for necessário”. Ao fim, o voto do ministro durou cerca de 14h: se iniciou às 9h30 e chegou ao fim já próximo das 23h.

Veja as fotosAbrir em tela cheia O advogado Matheus Milanez defende Augusto Heleno, um dos acusados na trama golpista.Gustavo Moreno/STF Defesa de Heleno provoca Moraes: “Um juiz julgador ou um juiz inquisidor?”Reprodução/Tv Senado Jair Bolsonaro (PL) Foto: Ton Molina/STF Alexandre de Moraes usa gravata com estampa de “cachorrinhos” para retomada do julgamento de Bolsonaro e aliadosFoto: Rosinei Coutinho/STF Primeira Turma do STFReprodução: Internet Plenário STF – Imagens STF

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Não foi a primeira vez
A brincadeira de Milanez faz referência a outro pedido inusitado dele. Durante o 1º dia da sessão de interrogatórios de réus do núcleo central da trama golpista, em junho, o membro da defesa de Augusto Heleno solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o adiamento da sessão do dia seguinte.

Em seu discurso, o advogado pediu que a assembleia fosse postergada de 9h para 10h devido a necessidade de se alimentar: “São quase 20h. A audiência amanhã se inicia às 9h. Considerando que nós temos que chegar meia hora antes, nós só viemos em um carro. Eu ainda preciso levar o general para casa, preciso ir para a minha casa”.

“Eu minimamente quero jantar, excelência, eu só tomei o café da manhã quase. (…) Por isso que eu queria rogar a esta turma, por favor, se tem como colocar um pouco mais tarde amanhã, de modo a se tornar viável. É possível iniciar às 10h?”, questionou Matheus, ao passo que Moraes negou: “Doutor, vamos ver se nós terminamos amanhã, aí o senhor tem quarta-feira para tomar um belo brunch”.

“Quinta-feira um jantar, que é Dia dos Namorados, sexta é Dia de Santo Antônio e o senhor comemora numa quermesse. Se a gente começa a atrasar, a gente não acaba, doutor”, continuou o ministro.

Os votos no STF
Após as cerca de 14h de argumentação, Fux votou pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros cinco réus por todos os crimes imputados pela PGR (Procuradoria-Geral da República). O tenente-coronel Mauro Cid e Braga Netto foram absolvidos de quatro crimes, mas condenados por outros pela crime tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Na terça-feira (9/11), o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e o ministro Flávio Dino votaram pela condenação de Bolsonaro e todos os outros réus por todos os crimes dos quais são acusados. A ministra Cármen Lúcia apresenta o quarto voto na quinta-feira (11/9), sendo seguida pelo ministro Cristiano Zanin, que dá o último voto por ser o presidente da Primeira Turma do STF.

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