A Justiça do Rio de Janeiro concedeu, nesta quinta-feira (25/9), uma liminar a favor da Ambipar, conglomerado global especializado em serviços ambientais, que protege a companhia contra a ação de credores. Esse tipo de medida é considerada pelo mercado como preparatória para uma recuperação judicial.
A decisão foi tomada pela 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O pedido do conglomerado havia sido protocolado na quarta-feira (24/9). Na liminar, o juiz Leonardo de Castro Gomes considerou que havia o risco de insolvência do grupo e suspendeu por 30 dias, prorrogáveis por mais 30, as execuções, cobranças e medidas de constrição contra a Ambipar.
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O grupo passa por mudanças na estrutura de administração. Na segunda-feira (22/9), foi anunciada a substituição do diretor financeira da empresa no Brasil, João Daniel Piran de Arruda. Com a informação, as ações da Ambipar despencaram na Bolsa brasileira (B3). Elas caíram 13,83% na terça-feira (23/9) e, na quarta-feira (24/9), recuaram mais 10%.
A Ambipar declarou estar em situação financeira estável, com a folha salarial e tributos em dia, mas relatou risco de colapso imediato diante de cobrança feita pelo Deutsche Bank.
Segundo a empresa, ela consumiu mais de R$ 200 milhões do caixa nos últimos dias e poderia provocar um efeito dominó de vencimento cruzado (“cross-default”, no jargão) em contratos financeiros, expondo a Ambipar a passivos superiores a R$ 10 bilhões.






