Em 2020/21, Aitana Bonmatí era a melhor em campo na final da primeira Champions League feminina conquistada pelo Barcelona. Apesar do desempenho decisivo, não figurou sequer entre as 20 indicadas à Bola de Ouro daquele ano. Quatro anos depois, a trajetória mudou de patamar: na última segunda-feira (22), a meio-campista espanhola ergueu sua terceira Bola de Ouro consecutiva, consolidando-se como a jogadora mais dominante da atualidade.
Feito para poucos
Ganhar três vezes seguidas o prêmio máximo do futebol é entrar em um círculo exclusivo. No masculino, apenas Lionel Messi e Michel Platini alcançaram tal sequência. No feminino, antes de Bonmatí, somente Marta e Birgit Prinz haviam conseguido. O feito, portanto, insere a espanhola entre os nomes incontornáveis da história, com 27 anos e ainda muito tempo de carreira pela frente.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Aitana Bonmatí comemora classificação da Espanha na Euro 2025Reprodução/Instagram: @sefutbolfem Foto: Livia Villas Boas CBF
Lionel MessiReprodução/x: @Argentina
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Decisiva nos grandes palcos
A ascensão de Bonmatí foi marcada pela regularidade em jogos decisivos. Da Eurocopa de 2022, onde foi a melhor da Espanha mesmo com a eliminação precoce, à Copa do Mundo de 2023, em que liderou a seleção até a conquista inédita, a meio-campista acumulou prêmios individuais: melhor da Champions, melhor da Copa, melhor da Euro e duas vezes seguida o The Best da FIFA. A sequência é inédita na era moderna do futebol feminino.
A evolução para a completude
Conhecida desde cedo pela visão de jogo e técnica refinada, Bonmatí acrescentou números e consistência ao repertório. Superou os dois dígitos de gols em cinco temporadas seguidas e passou a contribuir também na defesa. “Sou pequena”, disse em entrevista à GOAL em 2022/23.
“Mas tento ajudar o time também nas tarefas defensivas, em todas as partes do campo. Três ou quatro anos atrás, decidi que, se queria ser uma jogadora completa, tinha que fazer isso também. Não apenas marcar e dar assistências, mas também defender para ajudar a equipe”, constatou.
O debate das maiores
Com três Bolas de Ouro consecutivas, Bonmatí já igualou recordes históricos e inevitavelmente entrou na discussão sobre quem é a maior jogadora de todos os tempos. O nome de Marta segue como referência máxima, a Rainha que abriu caminhos e colecionou seis prêmios de melhor do mundo. Mas a espanhola, com títulos e consistência, dá sinais de que pode se tornar a principal sucessora desse legado. O futuro dirá se o trono será dividido, ou definitivamente transferido.
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