Nesta quarta-feira (17/9), o Hospital DF Star, em Brasília, emitiu um boletim médico do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, de 70 anos, indicando ter sido diagnosticado com câncer de pele. Segundo a dermatologista Dra. Marcela Mendes, em entrevista à reportagem do portal LeoDias, a maioria dos casos cutâneos é de baixo risco. Ela também analisou o caso do condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe.
Segundo a especialista, o carcinoma de células escamosas, caso do político, é uma doença originada de células da epiderme ou de estruturas anexas da pele, sendo o segundo tipo mais comum de câncer de pele, atrás apenas do carcinoma basocelular. Ele pode acometer qualquer região cutânea, mas predomina em áreas expostas ao sol, especialmente em indivíduos de pele clara.
Veja as fotosAbrir em tela cheia BolsonaroReprodução Instagram Bolsonaro/ montagem O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)Reprodução O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)Foto: Antonio Augusto/STF
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“Os principais fatores causadores incluem exposição cumulativa à radiação ultravioleta (UV) desde a infância, idade avançada, fototipo baixo, imunossupressão (como em pacientes transplantados ou em uso de medicamentos imunossupressores por outras causas)”, explicou.
A gravidade do carcinoma de células escamosas é variável. A maioria dos casos cutâneos é de baixo risco, com excelente previsão após tratamento adequado, apresentando taxas de cura superiores a 90%. No entanto, tumores de alto risco (definidos por localização de maior risco, tamanho, profundidade, invasão perineural, margens positivas após cirurgia, histologia agressiva ou imunossupressão) apresentam maior risco de recorrência local, metástase linfonodal e mortalidade.
“O carcinoma de células escamosas in situ é uma forma confinada a epiderme, sem invasão da derme. O tratamento nesses casos é recomendado para evitar evolução para doença invasiva que pode apresentar comportamento mais agressivo”, afirmou.
O tratamento deve ser individualizado, considerando localização, tamanho e comorbidades. A excisão cirúrgica é considerada o padrão-ouro, apresentando as menores taxas de recidiva.
“O acompanhamento pós-tratamento é fundamental devido ao risco elevado de novos tumores cutâneos, especialmente nos primeiros cinco anos após o diagnóstico inicial. A vigilância deve ser individualizada conforme o perfil de risco do paciente e da lesão”, finalizou a médica.






