O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou, mais uma vez, o tarifaço imposto por Donald Trump aos produtos brasileiros que entram nos Estados Unidos. Para o ministro, a medida que impõe tarifa de 50% sobre as mercadorias do Brasil é “política” e a relação comercial entre os dois países favorece os EUA há décadas.
“Declaradamente, é uma ação política. Não tem nada de econômico no movimento feito pelos EUA. Eles acumulam, em 15 anos, um superávit de bens e serviços de mais de US$ 400 milhões. Não havia nenhuma razão para o Brasil ter um tratamento diferente do Uruguai, do Paraguai, da Argentina e da América do Sul como um todo”, disse Haddad.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Ministro da Fazenda, Fernando HaddadFoto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Fernando HaddadReprodução: GloboNews Fernando HaddadReprodução: Redes Sociais Fernando Haddad em entrevista à rádio ItatiaiaReprodução: YouTube/Itatiaia
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A fala do ministro da Fazenda foi durante um evento em São Paulo, nesta terça-feira (16/9). Fernando Haddad disse, ainda, que apesar dos prejuízos causados pelo tarifaço de Trump, o Brasil está conseguindo novos mercados paras os produtos taxados.
“As nossas exportações para os EUA somam 12% das nossas exportações totais. O que é afetado pelo tarifaço é cerca de 4%. E quase dois terços desses 4% são commodities que já estão sendo direcionadas para outros mercados. Não está faltando, neste momento, comprador para as mercadorias brasileiras”, revelou.
Haddad destacou que a negociação da taxação está em curso, mas por meio de empresários e dentro de cada setor afetado.
“Está sendo feita uma gestão não apenas do governo, mas de uma parte grande do empresariado, que está em contato com autoridades e suas contrapartes americanas. Há um caminho, desde que haja boa vontade de separar o que é econômico e o que é político”, concluiu.






