O Fortaleza tem novo comandante. O Leão do Pici anunciou Martín Palermo como técnico em substituição a Renato Paiva. O contrato vai até o final de 2025, com opção de renovação por mais uma temporada. A apresentação oficial deve ocorrer nos próximos dias, e o argentino já estará na beira do gramado no dia 13 de setembro, contra o Vitória, em duelo direto na luta contra o descenso.
Impacto no vestiário: a aposta da diretoria
Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, destacou a escolha estratégica: “Buscamos um treinador que tivesse impacto no vestiário, um profissional respeitado, que vem crescendo na carreira. Palermo entendeu o momento do Fortaleza, o desafio que temos da necessidade de um time que duele a cada bola, que se defenda muito bem, que possa ganhar jogos e somar pontos, nos tirando da atual situação.”
Veja as fotosAbrir em tela cheia Palermo marca no Mundial de Clubes pelo Boca JuniorsReprodução Palermo atuando pelo Villareal da EspanhaReprodução Palermo marcou gol contra a Grécia pela Argentina na Copa do Mundo de 2010Reprodução Palermo comandou o Olimpia e foi campeão paraguaio em 2024Reprodução
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O contato entre clube e técnico foi relâmpago. Iniciado por vídeo às 11h da última quarta-feira (3/9), o acordo foi fechado por volta das 20h, e o anúncio oficial saiu às 23h30. Menos de nove horas entre o primeiro diálogo e a assinatura do contrato, uma prova da urgência do Fortaleza em encontrar um comandante que transformasse a equipe.
Histórico de jogador
Martín Palermo, de 51 anos, é considerado um dos maiores atacantes da história do futebol argentino. Revelado pelo Estudiantes, chegou ao Boca Juniors em 1997 a pedido de Diego Maradona e de Mauricio Macri, então presidente do clube. Durante duas passagens pelo time, conquistou seis títulos argentinos, duas Libertadores, duas Sul-Americanas, duas Recopas Sul-Americanas e uma Copa Intercontinental.
Além do sucesso na Argentina, Palermo também atuou na Europa, defendendo Villarreal, Real Betis e Alavés, ganhando experiência em diferentes estilos de futebol na Espanha e consolidando sua reputação internacional.
No Mundial de Clubes de 2000, Palermo marcou dois gols na vitória por 2 a 1 sobre o Real Madrid, com Casillas, Roberto Carlos e Raúl em campo. Pela seleção argentina, disputou 15 partidas, marcou nove gols e participou da Copa do Mundo de 2010, balançando as redes contra a Grécia.
Apesar de um episódio negativo na Copa América de 1999, quando perdeu três pênaltis em um único jogo, o atacante consolidou sua carreira como maior artilheiro da história do Boca, com 236 gols em 404 jogos, tornando-se referência dentro e fora da Argentina.
Carreira como treinador: experiência internacional
Após encerrar a carreira como jogador em 2011, Palermo iniciou sua trajetória como técnico em 2012 no Godoy Cruz-ARG, passando por Arsenal de Sarandí, Unión Española-CHI, Pachuca-MEX, Curicó Unido-CHI, Aldosivi, Platense-ARG e Olimpia-PAR.
No Olimpia, comandou a equipe na temporada 2024 e conquistou o título do Clausura paraguaio, seu primeiro troféu como treinador, após 58 partidas, com 27 vitórias, 17 empates e 14 derrotas. Apesar do sucesso, foi demitido em abril de 2025, após seis jogos sem vitória e uma goleada sofrida para o Vélez Sarsfield na Libertadores.
O desafio no Fortaleza
Palermo chega ao Fortaleza na 19ª posição, com 15 pontos e um jogo a menos. Ele será o terceiro técnico do clube em 2025, após Juan Pablo Vojvoda, que esteve no comando por mais de quatro anos, e Renato Paiva, que atuou por apenas 10 partidas.
O argentino terá como missão imediata montar um time aguerrido, defensivamente sólido e capaz de vencer jogos cruciais, começando pelo duelo contra o Vitória, no dia 13 de setembro, às 16h, na Arena Castelão.
Filosofia e recepção: “fora da caixa”
A escolha de Palermo reflete a postura ousada do Fortaleza. A diretoria inicialmente buscava um técnico defensivo, mas a experiência internacional e o prestígio do argentino no vestiário se destacaram. “Ele entendeu nossas necessidades e projetou um time de estilo aguerrido, brigador, com defesa sólida”, explicou Paz.
O argentino chega acompanhado do staff: Diego Cagna e Cristian Damian Leyes como auxiliares, Gaston Mendoza e Esteban Herrera nos preparadores físicos, e Renato Cornejo como analista. A expectativa é que seu impacto seja sentido já nos primeiros treinos, revitalizando atletas e torcida.
Legado e inspiração: Maradona, Boca e seleção
Palermo construiu sua carreira cercado de estrelas e histórias marcantes. Companheiro de Maradona no Boca, o técnico guarda lembranças emocionantes do ídolo e do futebol argentino. “Para mim, Maradona significava a mesma coisa no futebol – Deus existe em tudo que ele representa”, declarou Palermo em 2021, em um relato ao The Players’ Tribune.
Agora, ele chega ao Brasil com o mesmo espírito de liderança e referência que o marcou como jogador, pronto para escrever um novo capítulo na história do Fortaleza.
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