6 dezembro 2025

“Invocação do mal”: Maquiadora fantasiada de freira assustadora é barrada em shopping de Teresina

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Um caso inusitado aconteceu no Shopping Rio Poty em Teresina, capital do Piauí, na noite deste último domingo (7/9). A estudante e maquiadora Maria Alice foi aos seus stories no Instagram denunciar uma situação: ela foi barrada pelo estabelecimento de circular fantasiada da personagem Valak, a entidade demoníaca que adota a aparência de uma freira para se disfarçar e aterrorizar vítimas.

Produzida com roupas de freira e uma maquiagem elaborada que levou mais de uma hora para ser concluída, Maria se preparou para assistir ao filme “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” com o namorado; mas, foi surpreendentemente abordada por funcionários do centro comercial e informada de que só poderia permanecer no espaço com autorização prévia.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Maria Alice vestida de ValakReprodução: Instagram/@alicemachri Desabafo compartilhado pela maquiadora em suas redes sociaisReprodução: Instagram/@alicemachri Maria Alice vestida de JigsawReprodução: Instagram/@alicemachri Maria Alice vestida de NojinhoReprodução: Instagram/@alicemachri Maria Alice vestida de CoralineReprodução: Instagram/@alicemachri

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De acordo com Maria, a justificativa foi que a caracterização causava “transtornos” por atrair atenção de clientes que pediam fotos, além de dificultar a identificação pelas câmeras de segurança do shopping. “Tive que jantar fora porque no shopping falaram que eu não podia ficar circulando. […] Eu cheguei até a perguntar se eu poderia assistir o filme, ela falou que sim, mas logo depois eu teria que me retirar. O segurança não me abordou primeiro, foi falar com minha irmã e minha prima e depois comigo. Eu me senti bem humilhada”, relatou Maria logo depois de chegar em casa, ainda com a maquiagem no rosto.

O costume de se fantasiar para assistir filmes em estreia no cinema é antigo. Sempre que tem a oportunidade, ela se produz de algum personagem do longa que quer assistir: isso aconteceu em outras ocasiões, como com “Coraline”, fantasiada da personagem principal; “Divertida Mente”, fantasiada de Nojinho; e “Jogos Mortais”, produzida de Jigsaw.

Apesar da restrição, a jovem conseguiu assistir ao longa-metragem, mas saiu decepcionada: “Maquiagem artística é algo que está no meu coração. Eu gosto disso, de me fantasiar de personagem, performar e virar aquela coisa. […] Eu fico pensando: ‘Qual é o mal nisso?’ Eu não estava fazendo algazarra, não estava fazendo palhaçada com os outros. Eu estava tranquila na minha, indo para o cinema para assistir meu filme”, desabafou nas redes sociais.

O caso rapidamente repercutiu entre internautas e reacendeu discussões sobre espaço para a expressão artística e cultural na capital piauiense. Em um desabafo, Maria Alice destacou a ausência de incentivo público à criatividade local: “Uma cidade que não investe em cultura empobrece espiritualmente. E o povo, por mais acolhedor e criativo que seja, não deveria ter que se fantasiar para ser notado. O mínimo que o poder público pode e deve fazer é garantir que toda forma de arte tenha espaço, apoio e reconhecimento”, escreveu uma usuária no Instagram, que marcou Maria na publicação e a maquiadora repostou.

A fala de Maria ecoa uma crítica já recorrente entre artistas da região: a escassez de políticas culturais que acolham manifestações criativas e as integrem ao cotidiano da cidade.

Até o momento, a administração do Shopping Rio Poty não divulgou nota oficial sobre o episódio.

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