A 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco condenou dois homens pela execução a tiros de Yuri de Melo Araújo, ocorrida dentro de sua residência no bairro Carandá, em outubro de 2024. Misael da Silva Viana, o “Cacau”, foi sentenciado a 31 anos de reclusão, e Raygleson Ramos Barbosa, a 42 anos. Ambos cumprirão pena em regime inicial fechado e não poderão recorrer da decisão em liberdade.
A ação, movida pela 10ª Promotoria Criminal do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), resultou na condenação pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e para assegurar a impunidade de outro crime), ameaça e por integração em organização criminosa. Os réus foram absolvidos da acusação de corrupção de menores.
A invasão e a execução
De acordo com as provas apresentadas pelo MPAC, os condenados, acompanhados por um adolescente e outros dois comparsas não identificados, invadiram a casa da vítima armados. No local, estavam a esposa de Yuri, seus filhos pequenos e sua avó. Os crimosos fizeram ameaças à família e exigiram que Yuri saísse do banheiro, onde tentava se esconder. Ele foi executado com disparos de arma de fogo na frente das crianças.
As investigações concluíram que o crime foi motivado pela suspeita infundada de que Yuri, que não tinha antecedentes criminais ou ligação comprovada com o crime organizado, estaria repassando informações a uma facção rival. A motivação foi classificada como torpe (extremamente reprovável). Após o assassinato, a família da vítima foi coagida a deixar o bairro.
Justiça célere
O promotor de Justiça Carlos Pescador, que atuou no caso, enfatizou a rapidez do processo. “É importante destacar que, pela atuação do Ministério Público e de todo o Sistema de Justiça, em apenas 11 meses foi possível alcançar a resolução definitiva do caso, com a responsabilização dos envolvidos e a efetivação da justiça em tempo célere”, afirmou.
A condenação da dupla representa o encerramento de um dos casos que chocaram a capital acreana pela brutalidade e pelo contexto de violência associado a facções criminosas.
Com informações da Agência de Notícias do MPAC.
