O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e seus aliados, estavam em “guerra” contra a Justiça Eleitoral durante as eleições de 2022. Segundo Moraes, em uma reunião ministerial realizada pelo ex-presidente, com a presença dos comandantes das Forças Armadas, em setembro de 2022, Bolsonaro teria “pressionado” a equipe para atuar em favor de um “suposto” plano contra o resultado do pleito.
“Vão deixar chegar 2 de outubro para tomar providências?”, teria dito Bolsonaro.
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Moraes questionou as intenções de Bolsonaro e concluiu que a fala do ex-presidente demonstra claramente o desejo dele de interferir, em seu favor, na Justiça Eleitoral, na época das eleições.
“Que providências? Demonstrando que estão em guerra contra a Justiça Eleitoral. O inimigo a ser vencido, extirpado. Isso configura em crime imputado pela PGR”, disse Moraes.
O julgamento, iniciado no Supremo, analisa a responsabilidade de Bolsonaro e de aliados em atos que teriam buscado enfraquecer a confiança nas eleições brasileiras e, segundo a acusação, preparar terreno para uma tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pede 43 anos de prisão para Bolsonaro.