O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a deixar a prisão domiciliar e comparecer a um hospital de Brasília no próximo domingo (14/9). A medida foi concedida após solicitação da defesa, que alegou necessidade de um pequeno procedimento cirúrgico.
De acordo com os relatórios médicos anexados ao pedido, Bolsonaro apresenta um “nevo melanocítico do tronco”, conhecido popularmente como pinta, e uma lesão cutânea de comportamento indefinido, cuja análise depende de remoção e exame laboratorial. A intervenção, considerada simples, será realizada no Hospital DF Star, em regime ambulatorial, com alta prevista para o mesmo dia.
Veja as fotosAbrir em tela cheia O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está cumprindo prisão domiciliarReprodução: Internet Bolsonaro exibe sua tornozeleira eletrônica, que usa a mando de MoraesReprodução: X “Máxima humilhação” Bolsonaro mostra tornozeleira e protesta na CâmaraReprodução: X Alexandre de Moraes vota pela condenação dos réus, incluindo o ex-presidente da República, Jair BolsonaroReprodução: YouTube/TV Justiça Ministro Luiz Fux, do STFFoto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
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A autorização representa a segunda saída médica do ex-presidente desde o início da prisão domiciliar, decretada em 4 de agosto. Na ocasião anterior, em 16 de agosto, ele havia sido liberado para realizar exames relacionados a refluxo e crises de soluço.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica por decisão de Moraes, após descumprimento de medidas cautelares impostas pelo Supremo. A defesa, no entanto, argumenta que o ex-presidente tem respeitado as determinações judiciais e chegou a pedir a revisão da medida, o que ainda não foi atendido.
A solicitação para a cirurgia foi apresentada justamente na semana em que o STF retoma o julgamento que pode definir o futuro político de Bolsonaro. Nesta última terça-feira (9/9), os ministros voltaram a analisar a denúncia de tentativa de golpe de Estado em 2022, processo que envolve o ex-presidente e outros sete acusados.
Embora não participe presencialmente da sessão, aliados relatam que a saúde de Bolsonaro está fragilizada, o que reforçou a preocupação com o acompanhamento médico.