6 dezembro 2025

Moraes pode falar por até três horas no STF antes de decisão sobre Bolsonaro

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O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na próxima terça-feira (9/9) o julgamento do chamado “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado, e a expectativa é de que o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, ocupe praticamente toda a sessão. A estimativa é que sua manifestação dure entre três e quatro horas, tempo bem superior ao registrado em março, quando ele levou menos de duas horas para aceitar a denúncia contra os réus.

Moraes será o primeiro a se pronunciar e deve organizar sua fala em duas partes. Na primeira, vai se dedicar a derrubar questionamentos apresentados pelas defesas, como a alegação de falta de competência do Supremo e o pedido de acesso completo aos autos. Também deve enfrentar a polêmica sobre a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, contestada desde o início do processo.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Ministro do STF Alexandre de Moraes é relator dos casos que envolvem Bolsonaro no STFFoto: Vinícius Schmidt/Metrópoles Alexandre de Moraes no primeiro dia do julgamento de Jair Bolsonaro no STFReprodução: YouTube/TV Justiça Jair Messias BolsonaroFoto: Evaristo Sá/AFP Supremo Tribunal FederalReprodução: Internet Alexandre de MoraesFoto: Igo Estrela/Metrópoles

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A segunda parte do voto será destinada ao exame de mérito. Nela, Moraes deve detalhar as provas reunidas, estabelecer nexos entre os fatos e indicar a responsabilidade de cada acusado. Ainda não está claro se ele vai antecipar as penas ou se deixará essa etapa para depois que os demais ministros apresentarem seus votos.

Nos bastidores do tribunal, a avaliação é de que o relator aproveitará a leitura para enviar recados sobre a defesa da democracia e da independência do Judiciário, respondendo também às pressões externas, especialmente dos Estados Unidos, que vêm acompanhando de perto os desdobramentos da ação.

Após Moraes, será a vez dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, votarem. Para garantir que o julgamento seja concluído até o dia 12, o relator pediu uma sessão extra na quinta-feira (11/9).

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