
Após três anos desaparecido, Mateus Lima da Silva, de 30 anos, foi localizado pelo Instituto de Identificação do Acre enquanto estava em coma no Pronto-Socorro de Rio Branco. O jovem permanece internado na UTI, inconsciente e se alimentando por sonda.
A família já conseguiu visitá-lo. Entre os visitantes estão o pai e o tio, José Rodrigues da Silva, de 74 anos, conhecido como Zequinha. Durante as visitas, foi possível perceber pequenos sinais de melhora.
“O pai dele chegou aqui e falou que ele tinha melhorado um pouquinho, que está mexendo os pés. Mas continua na UTI, inconsciente. Já fui visitá-lo duas vezes e vou de novo hoje [terça-feira, 16]”, contou Zequinha.
Segundo o tio, Mateus teve problemas familiares e decidiu morar nas ruas, mesmo com tentativas de aconselhamento da família. Ele circulava por bairros como Quinari (Senador Guiomard) e, por último, Assis Brasil, onde foi atropelado e levado pelo Samu ao hospital local com traumatismo craniano. Depois, foi transferido para Rio Branco, já inconsciente e sem documentos.
“Ninguém sabe exatamente o que aconteceu. Uns dizem que um carro bateu nele, outros que marginais o agrediram. Como ele vivia na rua, não temos certeza. Quando saiu de casa, ele já era usuário de drogas”, relatou Zequinha.
Mateus apresenta ferimento grave na cabeça, com o crânio afundado. Apesar da gravidade, a família percebe pequenas melhorias e mantém a esperança de recuperação.
— “Ele está ruim, amassou um pouco a cabeça. Não fala, não abre os olhos e só se alimenta pelos aparelhos. A enfermeira me disse que o estado é muito grave e que as expectativas de melhora são baixas. Mas a gente sempre tem aquela esperança de ele se recuperar”, disse o tio.
A mãe de Mateus registrou boletim de ocorrência em 2022, quando ele desapareceu. Ele foi visto pela última vez saindo da casa da família no bairro Base, em direção ao bairro Irineu Serra.
A identificação foi feita por meio das impressões digitais, consultadas pelo Instituto de Identificação do Acre, e confirmada através da plataforma nacional de pessoas desaparecidas, da qual o Acre passou a fazer parte recentemente.






