6 dezembro 2025

Psicólogo explica impacto da cultura “oppa” na vida emocional de fãs e artistas

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A cultura do entretenimento, especialmente no universo asiático, tem popularizado o termo “oppa”, palavra coreana usada para se referir a um homem mais velho como um “irmão”, “amigo próximo” ou “interesse romântico”. Embora seja um termo carinhoso e de respeito, seu uso na idealização de celebridades levanta um debate sobre a infantilização de atores adultos.

Nos últimos meses, a imprensa vem discutindo esse fenômeno, que leva o público a enxergar artistas como figuras puras e quase infantis, de forma romantizada. Essa percepção pública exerce uma grande pressão sobre os artistas para que mantenham uma imagem de inocência, gerando reações negativas quando seus comportamentos não se alinham à expectativa idealizada.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Seo In-guk, ator sul-coreano que tem uma legião de fãs pelo mundoFoto: Reprodução/Instagram @seo_cccc
Woo Do-hwan, ator sul-coreano que tem uma legião de fãs pelo mundoFoto: Reprodução/Instagram @wdohwan ARrC, grupo de K-popReprodução/ARrC O BTS é amplamente reconhecido como o grupo de K-pop mais famoso do mundoReprodução/Good Morning America

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Para entender os impactos do fenômeno, o psicólogo Alexander Bez, especialista em relacionamentos e saúde mental, detalhou a situação em entrevista ao portal LeoDias. Segundo ele, essa preferência está ligada à “criança interior”, ou seja, às memórias e sentimentos internalizados da infância de cada um.

Se a pessoa teve experiências positivas nesse período, o tratamento infantilizado pode trazer uma falsa sensação de segurança e acolhimento, como se buscasse reviver o conforto emocional. “Esse tipo de situação pode gerar uma ‘criança interior anacrônica’, ou seja, fora de época. O indivíduo permanece preso a uma fase da vida que já deveria ter sido superada, dificultando o amadurecimento emocional”, pontuou.

Cultura “oppa” afeta a autoestima e a identidade?
A pressão para manter uma imagem juvenil reforça um comportamento infantil, em que a vida é vista como uma fantasia. Essa visão limitada mina a autoestima do artista, que não consegue se impor como um adulto na sociedade – que acerta, mas também erra.

Quando questionado se a idealização de figuras masculinas como “príncipes encantados” ou “irmãos mais velhos”, ao ser levada para a vida adulta, pode gerar frustrações, o psicólogo falou de expectativas romantizadas. De acordo com o profissional, as pessoas podem buscar parceiros baseados em fantasias, esperando perfeição como nos contos de fadas.

“O problema surge quando o indivíduo mantém ativa essa carga emocional infantil, reforçada pela criança interior não resolvida. Nesses casos, a pessoa busca viver relações baseadas em fantasia, esperando um parceiro perfeito, como nos contos de fadas. O caminho para desconstruir esse padrão é a terapia, que ajuda a ressignificar essas idealizações e a compreender que o mundo adulto envolve imperfeições, responsabilidades e desafios que fazem parte da realidade”, concluiu.

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