Aliados mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiram com críticas às declarações de Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), feitas no sábado (13) em Itu (SP). Durante evento com governadores e presidentes de partidos, Valdemar afirmou que “houve um planejamento de golpe” e que “o Supremo decidiu, temos que respeitar”.
As falas ocorreram na presença de governadores cotados como possíveis candidatos à Presidência em 2026, como Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD), além dos presidentes do PSD, Gilberto Kassab, e do PP, Ciro Nogueira.
Para bolsonaristas radicais, as declarações indicam que o Centrão estaria “rifando” Bolsonaro na definição do candidato do grupo para 2026. Eles temem que o ex-presidente atrase a escolha do nome do PL, como ocorreu com Lula em 2018, prejudicando a construção de uma candidatura consolidada.
O deputado Paulo Figueiredo, aliado de Eduardo Bolsonaro, criticou Valdemar nas redes sociais, e o ex-ministro Fabio Wajngarten afirmou que a fala sobre planejamento do golpe não poderia ser ignorada. Ricardo Salles também manifestou insatisfação com o posicionamento do presidente do PL.
Valdemar, por sua vez, reforçou que o Supremo apenas agiu com apoio do governo federal e que o golpe não foi concretizado. Ele também já afirmou anteriormente que apoiará o candidato indicado por Bolsonaro, inclusive da família, se for o caso.
O nome favorito do Centrão para 2026 é atualmente o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas a definição depende da articulação com Bolsonaro.