Entenda os próximos passos da prisão de Bolsonaro após decisão definitiva do STF

Entenda os próximos passos da prisão de Bolsonaro após decisão definitiva do STF

No dia 11 de setembro deste ano, a Primeira Turma do STF condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado, por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. O placar foi 4 a 1 pela condenação; apenas o ministro Luiz Fux votou pela absolvição. O acórdão, ou seja, a decisão completa, foi publicado nesta quarta-feira (22/10), o que formaliza o resultado e abre os prazos recursais.

Com o acórdão publicado, a defesa tem cinco dias úteis para apresentar embargos de declaração, nos quais pedem correções de omissões, contradições ou erros sem reabrir o mérito. A previsão é que esses recursos sejam julgados rapidamente pela Primeira Turma, possivelmente já na próxima semana, segundo o portal CNN Brasil.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Bolsonaro exibe sua tornozeleira eletrônica, que usa a mando de MoraesReprodução: X “Máxima humilhação” Bolsonaro mostra tornozeleira e protesta na CâmaraReprodução: X O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está cumprindo prisão domiciliarReprodução: Internet STF condena réus, incluindo Jair Bolsonaro; saiba quais são as penas previstasFoto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo Casa de Jair Bolsonaro, em BrasíliaReprodução: Internet

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O recurso só é admitido no STF quando a condenação não for unânime e houver pelo menos 2 votos pela absolvição. Como houve apenas um voto absolutório no caso de Bolsonaro, a tendência é que não caibam embargos infringentes.

Após os embargos de declaração, se eles forem rejeitados ou apenas corrigirem pontos formais, o processo pode transitar em julgado, ou seja, ficar definitivo, no próprio STF, já que não existe “instância acima” para esse caso.

Ou seja, Bolsonaro pode começar a cumprir a pena após o trânsito em julgado, quando são esgotados todos os recursos cabíveis no próprio STF. A exceção é se houver prisão cautelar decretada, o que não foi determinado neste momento. Com a publicação e julgamento dos embargos, a prisão pode ser determinada assim que o caso estiver definitivamente encerrado.

Como funciona a prisão em regime fechado
Se e quando a condenação se tornar definitiva, o regime inicial é o fechado, conforme fixado na pena. A definição do local cabe ao relator ou juízo da execução, em coordenação com o sistema prisional. Por razões de segurança e logística, é possível designar estabelecimento de segurança reforçada, ala especial ou unidade com condições para custódia de alto risco, conforme regras gerais da execução penal e no procedimento usual do STF e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

No regime fechado, o preso permanece em estabelecimento de segurança máxima ou média, com rotinas e restrições próprias como visitas, banho de sol e atendimentos médicos. Benefícios como trabalho interno e estudo dependem de vaga, avaliação e regras do presídio.

Como a condenação foi no próprio STF, não existe instância superior interna. A defesa pode reiterar embargos se surgirem novos vícios formais, pedir medidas cautelares e aventar petições internacionais. Nada disso suspende automaticamente a execução depois do trânsito em julgado. A progressão da pena depende de frações e bom comportamento.

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