5 dezembro 2025

Estados Unidos aumentam tensão com a Colômbia ao impor sanções a Gustavo Petro

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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (24/10) sanções econômicas contra o presidente da Colômbia, Gustavo Petro; a primeira-dama Verónica Alcocer, o filho Nicolás Petro e o ministro do Interior, Armando Benedetti. Os nomes foram incluídos na lista de pessoas e entidades bloqueadas do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), órgão ligado ao Departamento do Tesouro americano.

Com a medida, todos os ativos e interesses financeiros dos sancionados localizados em território americano ou sob controle de empresas e cidadãos dos EUA ficam congelados. Negócios, transferências bancárias e qualquer transação com essas pessoas passam a ser proibidos, salvo autorização expressa do OFAC.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Gustavo Petro se pronunciou no X sobre medida de TrumpReprodução: X/@petrogustavo Gustavo Petro, presidente da ColômbiaFoto: Ahperiodista/Wikimedia Commons O Secretário da Guerra dos EUA, Pete Hegseth, divulgou um vídeo mostrando o um ataque dos EUA a uma embarcação no Oceano PacíficoReprodução: @RealDonaldTrump/TruthSocial Donald Trump na Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira (23/9)Reprodução: YouTube/Nações Unidas Ops! Trump comete gafe e marca jornalista brasileiro em vez de presidente da ColômbiaReprodução: Internet

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Segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, a decisão se baseia na participação do presidente Petro “em atividades ligadas ao tráfico global de drogas ilícitas”. Ele afirmou que, desde 2022, “a produção de cocaína na Colômbia atingiu o ritmo mais rápido em décadas, inundando os Estados Unidos e envenenando os norte-americanos”.

A Casa Branca sustentou que o governo colombiano teria favorecido o avanço de cartéis e falhado em conter o narcotráfico. As sanções foram impostas com base na Ordem Executiva 14059, que permite punir estrangeiros envolvidos no comércio de entorpecentes. A iniciativa aprofunda o clima de tensão entre Donald Trump e Petro, que trocaram críticas públicas nas últimas semanas, em meio a uma série de manobras militares americanas no Caribe e no Pacífico Sul.

Em publicação na rede X, o presidente colombiano classificou a decisão como “um grande paradoxo” e prometeu reagir por vias legais. “De fato, a ameaça de Bernie Moreno se cumpriu: eu, meus filhos e minha esposa entramos na lista OFAC. Lutar contra o narcotráfico durante décadas e com eficácia me traz esta medida do governo da sociedade à qual tanto ajudamos para combater o consumo de cocaína. Toda uma paradoxa, mas nem um passo atrás e jamais de joelhos”, escreveu Petro. O líder colombiano anunciou ainda que será defendido pelo advogado Dany Kovalik, com atuação nos EUA.

As ações contra Petro ocorrem após uma série de medidas semelhantes aplicadas pelo Tesouro americano contra autoridades venezuelanas. Entre 2024 e 2025, mais de 150 nomes ligados ao governo de Nicolás Maduro foram sancionados por suposta fraude eleitoral e violações de direitos humanos, o que reforça a política de Washington de isolar governos considerados hostis na América Latina.

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