5 dezembro 2025

Exposição sobre Mandela inaugura Centro Cultural Banco da Amazônia

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O Centro Cultural Banco da Amazônia inaugurou o primeiro espaço artístico e cultural criado e mantido por um banco na região amazônica. O novo equipamento abre as portas com a exposição “Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação”, uma mostra multimídia que celebra a vida e o legado do líder sul-africano Nelson Mandela, símbolo planetário de resistência, justiça e igualdade racial.

A mostra, promovida pelo Instituto Brasil África (IBRAF) em parceria com a Fundação Nelson Mandela, da África do Sul, permanece em cartaz até 30 de novembro, com entrada gratuita.

Mandela: o homem, o símbolo e a esperança

A exposição conduz o visitante por um percurso sensorial e histórico.

São 50 painéis fotográficos e uma instalação audiovisual que revisitam os momentos decisivos da trajetória de Nelson Mandela, da infância humilde em Mvezo, interior da África do Sul, à luta contra o regime do apartheid, passando pelos 27 anos de prisão e culminando na eleição, em 1994, como o primeiro presidente negro da África do Sul.

 

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Mais do que uma narrativa política, a mostra revela o homem por trás do ícone: o estudante, o pai, o prisioneiro, o líder que se recusou a ceder ao ódio.

Como escreveu o próprio Mandela na autobiografia: “Aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele”.

É essa mensagem — de humanidade, perdão e reconstrução — que perpassa a exposição, projetando a força de um exemplo universal em meio à realidade plural e diversa da Amazônia.

O curador Christopher Till, ex-diretor do Museu do Apartheid em Joanesburgo, reforça essa conexão simbólica.

“Mandela acreditava que cada indivíduo tem o poder de transformar o mundo. Sua história transcende fronteiras e inspira novas gerações a refletirem sobre democracia, justiça e paz social”, afirma.

 

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Um elo entre a Amazônia e a África

A exposição já passou por Brasília e São Paulo, reunindo milhares de visitantes, mas a chegada a Belém tem um significado singular.

Segundo João Bosco Monte, presidente do Instituto Brasil África (IBRAF), a escolha da capital paraense reflete a afinidade histórica entre Brasil e África e o papel da Amazônia como ponte entre culturas e povos.

“Trazer a história de Mandela para o coração da Amazônia é uma forma de reforçar que a luta por igualdade e justiça é global. O público poderá ver o líder, o estadista e o homem comum, aproximando sua trajetória da nossa realidade. É um convite à reflexão sobre o papel de cada um na construção de uma sociedade mais justa.”

João Bosco Monte, presidente do Instituto Brasil África (IBRAF)

Essa conexão entre fé, resistência e identidade cultural é também o ponto de partida do novo Centro Cultural Banco da Amazônia, que nasce com vocação internacional, mas com raízes profundamente regionais.

Um novo espaço para a arte amazônica

Com 4 mil metros quadrados, o Centro Cultural Banco da Amazônia foi projetado para abrigar exposições, shows, saraus, oficinas e uma biblioteca voltada à produção artística e literária da região.

É o primeiro centro cultural de padrão técnico internacional administrado por um banco na Amazônia — um feito inédito que posiciona Belém no mapa das grandes capitais culturais do país.

Ambiente moderno, com piso de madeira escura e colunas cinza. Nas paredes, grandes painéis coloridos e uma faixa verde iluminada indicam a entrada da exposição.Varanda integrada do Centro Cultural Banco da Amazônia, cercada por vegetação nativa e iluminação suave, reforçando a proposta de harmonia entre arquitetura e floresta

Durante a inauguração, o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destacou o compromisso da instituição com a valorização da cultura regional e com a democratização do acesso à arte.

“Este é um espaço de convivência cultural e de pertencimento. Aqui, a arte amazônica encontra o mundo, e o mundo descobre a Amazônia. Vamos receber exposições internacionais que nunca chegaram até nós, mas também abrir espaço para os artistas locais. É um centro de arte, mas também de esperança e diálogo”, frisa.

A ideia, segundo Lessa, é que o espaço funcione como um hub cultural, conectando o local ao global, e permitindo que o público amazônico tenha acesso a mostras e experiências que antes só eram possíveis nas grandes metrópoles.

Educação, diversidade e pensamento crítico

A gerente de Marketing e Comunicação do Banco da Amazônia, Ruth Helena Lima, reforçou que o centro nasce com um propósito que vai além da exposição estética: o de formar público, promover o pensamento crítico e gerar pertencimento.

“A arte é uma ferramenta de transformação social. Nosso objetivo é democratizar o acesso, aproximar as pessoas da cultura e abrir espaço para novas vozes. Exposições, oficinas e eventos artísticos serão instrumentos de educação e valorização da identidade amazônica.”

Ruth Helena Lima, gerente de Marketing e Comunicação do Banco da Amazônia

Um centro que nasce como símbolo

Com a inauguração do Centro Cultural Banco da Amazônia, Belém reafirma o papel de guardiã da cultura e da espiritualidade amazônica — um território em que tradição e modernidade, fé e arte, resistência e futuro coexistem.

Assim como Mandela acreditava que “ninguém nasce odiando o outro pela cor da pele, por sua origem ou religião”, o novo espaço nasce para celebrar aquilo que nos une: a capacidade de criar, sonhar e reconstruir juntos um mundo mais justo.

A Amazônia, a partir de agora, tem um novo coração cultural — e ele bate com o som da liberdade.

Centro Cultural Banco da Amazônia

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Local: Avenida Presidente Vargas, 800 – Campina, Belém (PA)

Exposição: Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação
Período: até 30 de novembro de 2025
Horário: Outubro: segunda a sexta, das 14h às 20h / Novembro (mês da COP30): terça a domingo, das 10h às 19h

Entrada gratuita | Classificação livre

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