O último capítulo de “Vale Tudo” promete encerrar a novela com um estrondo — ou, dependendo do rumo escolhido, com uma grande frustração. O que está certo é que, até o último minuto, a pergunta que movimenta os bastidores continua sem resposta definitiva: Odete Roitman (Debora Bloch) está morta ou viva? Esta hipótese foi levantada em primeira mão pela coluna em matéria publicada no dia 8 de setembro.
Desde que a vilã foi dada como assassinada na trama, a dúvida sobre sua morte real ou encenação tem crescido ainda mais. Como esta coluna antecipou, há uma versão gravada em que Odete reaparece viva no final, em um jatinho, gargalhando e mandando uma banana para o Brasil — uma inversão direta do desfecho clássico de Marco Aurélio (Alexandre Nero) na versão original de 1988. Dessa vez, seria ela a fugir impune, debochada, milionária e imbatível.
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Essa ideia ganhou ainda mais força com o que foi apurado pela imprensa nos últimos dias. A própria autora Manuela Dias confirmou que a autoria do crime só será revelada no capítulo desta noite, e a edição da sequência final está sendo mantida sob sigilo, a cargo apenas do diretor Paulo Silvestrini e pessoas de confiança. Isso reforça o cenário de múltiplos finais possíveis — todos guardados a sete chaves.
De um lado, há quem aposte na reviravolta: Odete forjou a própria morte, escolheu César (Cauã Reymond) como herdeiro de metade de sua fortuna para desestabilizar Maria de Fátima (Bella Campos) e planejou toda a confusão como forma de vingança e controle pós-morte. Nesse caso, ela encerraria a novela como a grande vencedora, ilesa e triunfante, numa crítica direta ao Brasil onde os poderosos seguem impunes.
A segunda possibilidade é a mais tradicional: Odete está morta, sim, e a revelação do assassino recairá sobre alguém improvável — um nome fora do radar que, por algum motivo extraordinário, não foi flagrado pelas câmeras do hotel onde o crime ocorreu. Essa saída manteria o formato clássico de “quem matou?” e permitiria à novela terminar com uma resolução fechada, sem brechas ou truques, mas não necessariamente com impacto emocional à altura do legado da história. Poderia ser Leila (Carolina Dieckmmann)? Eugênio (Luis Salem), Freitas (Luis Lobianco)?
Por outro lado, também circula nos bastidores a possibilidade de um desfecho menos ousado: um dos cinco suspeitos oficiais – César, Marco Aurélio, Fátima, Heleninha (Paolla Oliveira) e Tia Celina (Malu Galli) terem disparado o tiro que matou a empresária.
A única certeza é que, qualquer que seja a escolha, o desfecho de Odete Roitman vai definir o saldo do remake. Se a novela tiver coragem de arriscar e sustentar um final à altura da vilania da personagem, pode terminar com fôlego. Se apostar em saídas fáceis ou incoerentes — como tantas outras que marcaram a reta final —, corre o risco de encerrar não com um estrondo, mas com um suspiro de frustração.
Hoje, o público descobre: quem matou Odete Roitman? Ou será que ninguém matou?






