5 dezembro 2025

Julgamento em Rio Branco condena dois por execução ligada ao “Tribunal do Crime” e absolve um réu

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Foto: Reprodução

O Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco julgou nesta segunda-feira (14) os réus Edson de Souza Machado, conhecido como “Béreu”, Jhon Detlevis Monte Ribeiro, o “Porquinha”, e Welison da Silva Chagas, o “Pestana”, pelo homicídio de Elvisklei Farias Pereira, de 24 anos, encontrado com mãos e pés amarrados no Rio Acre, em 13 de setembro de 2023.

De acordo com o Ministério Público do Acre (MP-AC), os três foram denunciados por homicídio qualificado e participação em organização criminosa. Conforme a denúncia assinada pelo promotor Efraim Henrique Mendoza, a vítima foi atraída para uma emboscada por meio de um perfil falso de mulher em redes sociais. Ao chegar ao local do encontro, Elvisklei foi rendido, levado até a margem do rio e executado pelo chamado Tribunal do Crime.

O corpo foi encontrado ainda na tarde de 13 de setembro. As investigações da Delegacia de Homicídios levaram à prisão dos acusados. Durante o julgamento, Jhon Detlevis confessou o crime e afirmou que o mandante foi Jeremias Lima de Souza, executado a tiros em dezembro do ano passado, em frente à 2ª Regional da Polícia Civil. Jhon declarou que tentou impedir a execução, mas não conseguiu contrariar as ordens de Jeremias, apontado como uma das lideranças do Bonde dos 13.

Edson de Souza Machado também confessou participação no crime. Ele, que era monitorado por tornozeleira eletrônica, permaneceu cerca de 25 minutos no local da execução. Já Welison da Silva Chagas, também monitorado, negou envolvimento.

Segundo a denúncia, a execução teria sido motivada por um suposto abuso sexual contra uma menina de 13 anos, sobrinha de Jhon. A irmã do réu teria informado Jeremias sobre o caso, sem acionar a polícia. Jhon ainda afirmou em depoimento que a própria criança negou ter sido abusada.

Ao final do julgamento, Edson Machado foi condenado a 32 anos de prisão e Jhon Detlevis a 26 anos, ambos em regime fechado. Welison da Silva Chagas foi absolvido das acusações.

Informações via Ac24Horas.

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