6 dezembro 2025

Justiça pede remoção de entulho e presença da PM na Favela do Moinho

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A Justiça Federal determinou que o governo de São Paulo remova o entulho e mantenha a presença da Polícia Militar (PM) na Favela do Moinho, na região central da capital paulista. A decisão veio após acordo em audiência de conciliação realizada na terça-feira (14/10), quando também ficou estabelecido que nenhuma nova demolição deverá ocorrer até o dia 24.

A ata da audiência realizada entre representantes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), do Ministério Público Federal, das Defensorias Públicas estadual e federal, e de moradores da comunidade foi publicada nessa sexta (17/10), trazendo os termos da decisão.

18 imagensCasa descaracterizada na Favela do MoinhoCDHU retira portas e janelas, mas entulho permanece em imóveis vazios na Favela do MoinhoEntulho e lixo em casa descaracterizada na Favela do Moinho. Crianças usam espaços como cenários de brincadeirasEntulhos se acumulam em pontos onde houve descaracterização de casasFavela do Moinho em setembro de 2025, com mais de 60% das famílias removidasFechar modal.1 de 18

Casas sem janelas e portas viraram comuns na Favela do Moinho, que já tinha 60% das famílias removidas em setembro de 2025

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Casa descaracterizada na Favela do Moinho

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CDHU retira portas e janelas, mas entulho permanece em imóveis vazios na Favela do Moinho

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Entulho e lixo em casa descaracterizada na Favela do Moinho. Crianças usam espaços como cenários de brincadeiras

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Entulhos se acumulam em pontos onde houve descaracterização de casas

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Favela do Moinho em setembro de 2025, com mais de 60% das famílias removidas

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Moradores que permanecem no local dividem ruas com casas descaracterizadas. Na imagem, imóvel ainda ocupado tem santuário à frente

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Casa vazia após antigos moradores se mudarem

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Em algumas vielas, os imóveis vazios já são maioria na Favela do Moinho

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Casa sem janela em rua da Favela do Moinho

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Casa descaracterizada tem frase religiosa pintada na parede

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Barbearia com parede quebrada e entulho acumulado

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Buraco em parede de barbearia na entrada da Favela do Moinho é sinal de descaracterização do local

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Roupas no varal são “sinal de vida” em ruas cheias de casas descaracterizadas

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Favela do Moinho tem cerca de 900 famílias mapeadas pelo governo estadual

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Lixo em barraco onde vivia acumulador na Favela do Moinho

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Casa sem janela na Favela do Moinho

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Paredes quebradas em rua na Favela do Moinho ao lado de cartaz sobre movimento de moradores no início do ano

Jessica Bernardo / Metrópoles

A juíza Noemi Martins de Oliveira, da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, entendeu que o material acumulado na favela, decorrente das demolições já realizadas, pode pegar fogo. “O risco de incêndio é uma realidade na Favela do Moinho, pois já aconteceu duas vezes”, diz o termo da audiência de conciliação.

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A magistrada também determinou a “presença não-ostensiva” da PM para impedir que pessoas ocupem imóveis já esvaziados na área da comunidade.

O que diz o governo estadual

O governo estadual diz que 636 famílias que já se mudaram da Favela do Moinho e que a CDHU tem avançado na demolição das casas vazias para evitar novas invasões.

Segundo o governo, foram realizadas 146 demolições e 457 imóveis foram descaracterizados até o momento.

O governo também diz que a retirada de entulho não foi possível anteriormente “porque movimentos contrários ao trabalho impediam a entrada de máquinas na favela, o que inviabilizava a tarefa”.

Também afirma que as demolições são realizadas observando “todos os critérios técnicos para impedir danos a imóveis ainda ocupados”. “No entanto, o avanço é fundamental, uma vez que as estruturas precárias expõem as pessoas que ainda circulam pelo moinho a riscos, sobretudo após a desocupação das casas”, diz.

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