O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) abriu investigação para apurar o bloqueio do Rio Iaco, em Sena Madureira, causado pelo acúmulo de toras de madeira no leito do rio, prática atribuída a uma madeireira que atua na região do Seringal Santa Clara. A situação tem gerado sérios transtornos aos ribeirinhos, que dependem do rio como principal via de transporte.
O promotor de Justiça Wendelson Mendonça foi enfático ao destacar que, mesmo que a empresa possua licença ambiental para exploração da área, isso não a isenta de responsabilidade. Ele classificou a situação como grave, uma vez que o acúmulo de toras funciona como uma represa, dificultando o tráfego das embarcações e comprometendo a rotina das famílias que vivem às margens do rio.
“Não pode haver bloqueio do rio. A licença de manejo não dá à empresa o direito de impedir a passagem das águas nem de prejudicar a população ribeirinha”, afirmou o promotor. Segundo ele, a prioridade é que a própria empresa realize a retirada imediata do material, restabelecendo o fluxo natural das águas.
Mendonça acrescentou ainda que, caso fique comprovada a responsabilidade da madeireira, ela poderá responder por irregularidades ambientais e também pelos danos causados às comunidades locais. O MPAC já solicitou diligências à Polícia Civil e acionou a Polícia Militar para verificar registros sobre a ocorrência, além de ter discutido com o prefeito Gerlen Diniz soluções emergenciais para evitar maiores prejuízos.







