Você não vê, mas ela está ali silenciosa, ativa e perigosa. A gordura visceral, aquela que se acumula entre os órgãos no abdômen, está entre os maiores riscos para a saúde metabólica. Diferente da gordura subcutânea (a que se localiza logo abaixo da pele), essa age como um órgão inflamatório, aumentando as chances de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, resistência à insulina e até certos tipos de câncer.
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Ciência descobre alimento que reduz a gordura visceral em semanas
“É uma gordura metabolicamente ativa, que interfere diretamente no funcionamento do organismo“, explica a endocrinologista Fernanda Parra. A boa notícia? Dá para eliminá-la e com base na ciência, não em promessas vazias.

Confira as 5 estratégias mais eficazes para reduzir a gordura visceral, segundo a médica:
1. Aposte no HIIT — e economize tempo com resultado
Segundo Fernanda, pesquisas mostram que os treinos intervalados de alta intensidade são mais eficazes na queima da gordura visceral do que o exercício aeróbico contínuo. “O HIIT estimula o metabolismo mesmo após o treino, aumentando o gasto calórico total”, explica. Estudos publicados no Journal of Obesity indicam reduções significativas dessa gordura após 12 semanas de prática regular.
2. Corte o açúcar e os ultraprocessados sem dó
Não se trata de modinha: eliminar açúcar refinado e alimentos ultraprocessados é uma das formas mais eficazes de reduzir a gordura visceral.
De acordo com a endocrinologista, alimentos ultraprocessados, ricos em frutose, farinha branca e açúcares simples, estimulam o acúmulo de gordura visceral. “Uma alimentação baseada em alimentos naturais, com baixo índice glicêmico e rica em fibras, melhora a sensibilidade à insulina e contribui para a perda dessa gordura”, salienta.
“A base da alimentação deve ser composta por alimentos naturais e ricos em fibras, como vegetais, frutas, proteínas magras e gorduras boas”, orienta a endocrinologista. A ciência comprova: reduzir açúcares simples pode diminuir a gordura visceral em até 20% em poucas semanas.

3. Leve o sono a sério, seu abdômen agradece
Dormir bem não é luxo, é autocuidado. Uma noite ruim de sono desregula hormônios como cortisol e grelina, que influenciam diretamente o apetite e a resistência à insulina.
“O sono adequado, de 7 a 8 horas por noite, é um dos pilares mais negligenciados no controle da gordura abdominal”, ressalta a médica. Dormir menos de seis horas por noite, com frequência, favorece o acúmulo acúmulo de gordura visceral ao longo dos anos.
4. Controle do estresse crônico
Quando o estresse se torna constante, o corpo responde liberando mais cortisol, um hormônio que estimula o armazenamento de gordura na região abdominal. “Atividades como meditação, yoga e técnicas de respiração profunda ajudam a regular esse hormônio e proteger o metabolismo”, explica a médica. Segundo ela, evidências mostram que a prática regular de mindfulness pode reduzir o cortisol plasmático e a circunferência abdominal.
5. Monitore hormônios e sua saúde metabólica
Às vezes, mesmo com alimentação equilibrada e exercícios, a gordura visceral insiste em ficar. Nesses casos, segundo a endocrinologista, vale investigar desequilíbrios hormonais, como resistência à insulina, alterações da tireoide ou dos hormônios sexuais.
“O acompanhamento médico é essencial para investigar se há fatores hormonais impedindo o emagrecimento e ajustar o tratamento de forma personalizada”, destaca Fernanda. Ela lembra ainda que nutrientes como vitamina D, magnésio, ômega 3 e coenzima Q10 têm mostrado potencial na regulação do metabolismo e na ação anti-inflamatória.



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Eliminar gordura visceral exige consistência, não fórmulas mágicas. “Mais do que perder peso, o objetivo deve ser ganhar saúde metabólica”, finaliza a médica.











