O apresentador e modelo Emilio Sueños, conhecido como o “Ken venezuelano”, morreu aos 41 anos após confundir os primeiros sinais de um ataque cardíaco com os de um resfriado comum. Ao desmaiar e ser levado às pressas a um hospital em Guayaquil, no Equador, os médicos constataram que o coração do comunicador havia sido gravemente danificado pelo uso excessivo de testosterona.
Os anabolizantes são substâncias derivadas de hormônios como a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento das características masculinas e pelo aumento da massa muscular, força e energia. No entanto, o uso indiscriminado e acima dos limites seguros pode causar sérios danos ao coração e a outros órgãos vitais.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Uso de testosterona levou à morte do Ken venezuelanoReprodução/Instagram/@emiliosiempreoficial Uso de testosterona levou à morte do Ken venezuelanoReprodução/Instagram/@emiliosiempreoficial Uso de testosterona sintética e anabolizantes pode causar insuficiência cardíaca e infertilidadeFreepik Uso de testosterona sintética e anabolizantes pode causar insuficiência cardíaca e infertilidadeFreepik
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Ken venezuelano morre aos 41 anos após ataque cardíaco por uso excessivo de testosterona
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Entre os problemas cardíacos associados aos anabolizantes estão hipertrofia cardíaca, insuficiência cardíaca, arritmias, aterosclerose (formação de placas de gordura nas artérias) e aumento do risco de infarto ou AVC.
Em abril de 2023, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução que proíbe a prescrição de esteroides e anabolizantes com finalidade estética, para ganho de massa muscular ou melhora de desempenho esportivo — tanto para atletas amadores quanto profissionais.
As chamadas “bombas”, como os anabolizantes são popularmente conhecidas, interferem diretamente no sistema cardiovascular, podendo causar:
Aumento da espessura do coração (hipertrofia);
Arritmias;
Insuficiência cardíaca;
Risco de trombose e embolia pulmonar;
Alterações no colesterol;
Aumento da pressão arterial.
Apesar dos riscos comprovados, o uso de anabolizantes cresce com a popularização do estilo de vida fitness. Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) apontam que 3,3% da população mundial já usou anabolizantes ao longo da vida — sendo 6,4% entre os homens e 1,6% entre as mulheres.
Além do coração, os anabolizantes podem afetar diversos sistemas do corpo, provocando:
Acne e alterações na pele;
Retenção de líquidos;
Danos renais e hepáticos;
Ruptura de tendões;
Alterações hormonais.
Nas mulheres, os efeitos adversos mais temidos incluem engrossamento da voz, aumento de pelos com padrão masculino, clitoromegalia, atrofia mamária, amenorreia (ausência de menstruação) e esterilidade.
Nos homens, os efeitos em longo prazo podem incluir atrofia testicular, disfunção erétil, infertilidade e interrupção da produção natural de testosterona.






