Quando se trata de ingredientes comuns presentes em quase todas as despensas, o açúcar é o que mais acende o alerta em relação ao consumo exagerado e aos riscos associados à saúde — especialmente quando o assunto é o fígado, órgão responsável por filtrar as toxinas do corpo humano.
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Segundo a nutricionista Cibele Santos, a atenção não deve se limitar apenas à quantidade de açúcar adicionada às receitas, mas também às porções de frutas ricas em frutose, ao consumo de carboidratos refinados e às bebidas açucaradas.
Ao ser questionada sobre o impacto nocivo do ingrediente no fígado, a especialista explica que o hábito de consumir frequentemente alimentos ricos em açúcar contribui diretamente para a sobrecarga do órgão. “A ingestão excessiva leva à acumulação de gordura no fígado, podendo resultar em esteatose hepática”, alerta Cibele Santos.
Saiba como o ingrediente popular pode atacar o fígado silenciosamente
Com o tempo, e sem mudanças na alimentação diária, o órgão pode se deteriorar ainda mais, aumentando os riscos de doenças graves. “O processo inflamatório e os danos às células hepáticas podem acarretar, inclusive, no desenvolvimento de cirrose”, complementa.
Cibele reforça que as consequências de uma rotina desregrada, sobretudo, quando o assunto é alimentação, são percebidas a longo prazo, o que torna o açúcar um “inimigo” silencioso.
A condição de gordura no fígado acomete 30% da população mundial
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Visão microscópica de células em fígado com gordura, a esteatose hepática
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A esteatose hepática é uma doença silenciosa, segundo os especialistas
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O órgão atua na filtragem do sangue
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“Muitas vezes, o fígado não apresenta sinais imediatos de sobrecarga, o que pode enganar pessoas aparentemente saudáveis. Por isso, é imprescindível consultar um profissional, uma vez que, mesmo sem sintomas visíveis, o fígado pode estar enfrentando danos significativos”, assegura Cibele Santos.
Ainda que seja difícil identificar sinais precoces de que algo está errado com o fígado, Cibele afirma que o corpo pode emitir alguns alertas. “Sintomas como fadiga, dor abdominal, perda de apetite e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) podem dar pequenas pistas de que o fígado está sobrecarregado”, destaca.
Medidas eficazes para “limpar” o órgão
Felizmente, a especialista em nutrição clínica garante que os danos podem, sim, ser reversíveis. “Se o consumo de alimentos nocivos for interrompido a tempo, é possível restaurar as funções do órgão”, afirma.
Na tentativa de “limpar” esse órgão vital para o metabolismo e a digestão, Cibele faz um alerta sobre a popularidade dos alimentos tidos como detox. Segundo ela, é preciso cautela com essa crença. “A maioria dos itens ‘detox’ não tem comprovação científica. O fígado é eficiente em detoxificação por conta própria”, avalia.
Para a nutricionista, a fórmula para manter a saúde hepática em equilíbrio é mais simples do que parece. “É de suma importância reduzir o consumo de açúcar e carboidratos refinados, manter uma dieta balanceada rica em frutas, vegetais e proteínas magras, e praticar exercícios físicos regularmente para manter um peso saudável”, conclui Cibele Santos.
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