Uma denúncia feita por uma moradora do Alto Rio Iaco, em Sena Madureira, trouxe à tona uma situação preocupante para dezenas de famílias ribeirinhas da região. Segundo o relato, uma tapagem no leito do rio, na comunidade Santa Clara, estaria dificultando a passagem de embarcações, colocando em risco a vida dos moradores e comprometendo o deslocamento para a cidade.
De acordo com a denunciante, a intervenção no rio já causa sérios transtornos:
“Estão fazendo um manejo aí. Taparam o Rio. Não está tendo como os moradores, o ribeirinho, passar. Ontem a gente vinha doentada, cheguemos lá e quase nos alagalamos. É um perigo”, disse, pedindo para não ser identificada.
O bloqueio, formado por troncos e paus, além de representar risco de acidentes, também impede que os ribeirinhos tenham acesso à cidade para serviços essenciais, como saúde, compras e vacinas. A moradora relatou ainda que a situação é crítica porque se aproxima a campanha de vacinação do rebanho bovino, e muitos criadores não têm como transportar os animais ou receber os técnicos responsáveis pelo atendimento.
Com a cheia do rio se intensificando nesta época do ano, os ribeirinhos alertam para o perigo da continuidade do bloqueio:
“Nós não temos outro transporte a não ser o rio. E eles continuam tapando. Está ficando muita tronqueira de pau e os moradores acima estão todos revoltados. Está uma situação crítica”, desabafou.
Revolta e risco de isolamento
A denúncia expõe uma realidade de abandono enfrentada pelas comunidades ribeirinhas que dependem do Rio Iaco como única via de acesso. A medida de tapagem, segundo moradores, pode resultar em isolamento total de dezenas de famílias que vivem em regiões mais distantes.
Até o momento, não há informações oficiais sobre quem estaria realizando a intervenção ou se há autorização para tal prática. Enquanto isso, o clima de revolta aumenta entre os ribeirinhos, que pedem providências urgentes das autoridades para evitar que a situação se agrave.







