É hoje! Às 21h30, Racing e Flamengo entram em campo para definir qual dos dois irá para a final da CONMEBOL Libertadores de 2025. Com a vantagem de 1 a 0, o rubro-negro precisa de apenas um empate para garantir a vaga na decisão. No entanto, há quase seis décadas sem conquistar o principal troféu do continente, a torcida argentina se mobiliza para tornar a experiência do rubro negro no estádio Presidente Perón um “inferno”. No entanto, uma antiga maldição, que teria sido jogada por torcedores rivais a equipe de Avellaneda, assombra os torcedores da “La Academia” até hoje.
Campeão da América e do mundo em 1967 e a “maldição dos sete gatos”
O Racing era considerado uma potência do futebol argentino no início do século 20, tendo enfileirado sete conquistas consecutivas do Campeonato Argentino entre 1913 e 1919. No entanto, o auge veio em 1967, quando a equipe argentina se tornou campeã da Libertadores e da Copa Intercontinental (Mundial de clubes da época) pela primeira vez.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Racing foi campeão mundial em 1967 ao vencer o Celtic, da Escócia, na final / Reprodução Racing conviveu com a “maldição dos sete gatos” após conquistar a Libertadores e o Mundial em 1967 / Reprodução Racing conviveu com a “maldição dos sete gatos” após conquistar a Libertadores e o Mundial em 1967 / Reprodução
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Tendo sido a primeira equipe argentina a conquistar o mundo, o Racing causou inveja nos vizinhos de Avellaneda, o Independiente. O “Rey de Copas” havia conquistado as Libertadores de 1964 e 1965, mas foi incapaz de ser campeão mundial nos respectivos anos.
Aí que surge a lenda, vendo o sucesso nacional e internacional do Racing, torcedores do Independiente teriam enterrado sete gatos mortos no gramado do estádio Presidente Perón, o “El Cilindro”, onde a equipe argentina manda seus jogos até hoje, visando amaldiçoar “La Academia”.
Os anos que se sucederam não foram nada bons para o Racing. A equipe passou a viver uma grave crise financeira que acarretou em um jejum de mais de 30 anos sem títulos e um rebaixamento a segunda divisão argentina em 1983. Enquanto isso, do outro lado de Avalleneda, o Independiente enfileirava conquistas internacionais, conquistando a Libertadores de 1984, sua sétima, marca que até hoje nenhuma equipe conseguiu superar, e a segunda Copa Intercontinental.
Cansado de anos de ostracismo, em 1998 a torcida do Racing resolveu recorrer à espiritualidade. Mais de 15 mil torcedores se reuniram para realizar uma procissão a Catedral da Plaza de Mayo, levando uma imagem da Virgem de Lújan, padroeira da Argentina. A diretoria não ficou parada e convidou um padre para realizar uma homilia no “El Cilindro”. No entanto, algumas fontes dizem que o líder religioso realizou um verdadeiro exorcismo.
De volta às conquistas
Como as coisas não acontecem no tempo que as pessoas querem e sim no tempo de Deus, demorou ainda mais três anos para que o Racing se libertasse de fato da maldição. Em 2001, após 35 anos, voltou a ser campeão argentino.
Ainda assim, a equipe enfrentou certa dificuldade nos anos seguintes e só voltou a erguer o campeonato argentino em 2014. A partir dali, o time voltou de fato a trilha dos títulos. Em 2019, mais um título nacional. Em 2022, campeão do Trofeo de Campeones de la Liga Professional e da Supercopa Internacional.
Mas foi em 2024 que o Racing finalmente voltou a brilhar no continente. “La Academia” derrubou times brasileiros como o Athletico-PR, o Corinthians e o Cruzeiro na grande decisão para se sagrar campeão da Copa Sul-Americana.
Meses depois, já em 2025, não mostrou conhecimento ao atual campeão da Libertadores e derrotou o Botafogo em dois confrontos com placar agregado de 4 a 0 para conquistar a Recopa Sul-Americana.
É com esse espírito de reconstrução que a equipe argentina entra em campo nesta quarta-feira (29/10) para tentar reverter o placar de 1 a 0 em favor do Flamengo em busca de retornar a decisão da Libertadores após 58 anos.
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