O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (30/10) a Medida Provisória (MP) que reestrutura o setor elétrico brasileiro e estabelece um teto de gastos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O fundo é responsável por custear programas como a tarifa social de energia, o programa “Luz para Todos” e os subsídios a fontes renováveis. O texto, já aprovado pela Câmara, segue agora para sanção presidencial.
Entre as principais alterações, a proposta define que, a partir de 2027, os gastos da CDE serão limitados com base no orçamento real de 2025. Caso o montante seja insuficiente, será criado o Encargo de Complemento de Recursos (ECR), pago apenas por quem se beneficia do fundo. O governo calcula que as novas regras podem beneficiar mais de 60 milhões de brasileiros ao reduzir o repasse de custos às tarifas de energia.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Senado FederalDivulgação: Senado Federal Congresso Nacional visto à noiteFoto: Senado Federal AneelReprodução: Aneel “Não vamos abrir mão da nossa riqueza”, diz Lula ao defender exploração do petróleoReprodução: Agência Brasil Plenário Câmara dos DeputadosReprodução: Câmara dos Deputados
Voltar
Próximo
Leia Também
Política
Alcolumbre prorroga por mais 60 dias medidas provisórias sobre IOF, energia elétrica e saúde
Notícias
Avião da Voepass enfrenta falha elétrica em voo para Guarulhos e aterrissa em Uberlândia
Notícias
“Gatos” de energia geram rombo bilionário no Brasil; saiba como eles afetam o consumidor
Política
Ministro sugere que Brasil repense uso da energia nuclear em cenário de tensão internacional
Outro ponto central da MP é a abertura gradual do mercado de energia, que permitirá que todos os consumidores, inclusive residenciais, escolham livremente o fornecedor de eletricidade. Atualmente, essa opção está restrita a grandes empresas e indústrias.
A proposta também muda a forma de cálculo dos royalties e participações governamentais pagos pelas companhias que exploram petróleo no país. Em vez de fórmulas técnicas definidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor passará a ser atrelado às cotações internacionais, o que pode aumentar a arrecadação federal. O tema dividiu o setor, mas foi mantido no texto após acordo entre governo e líderes partidários.
Além disso, a MP traz incentivos fiscais para o armazenamento de energia em baterias até 2026, integra o tema ao planejamento oficial do sistema elétrico e reforça a política de expansão das energias renováveis, incluindo ressarcimentos a geradores eólicos e solares em caso de cortes forçados na produção.
Com a sanção, o governo federal espera atrair novos investimentos e reduzir pressões tarifárias em um sistema que ainda sofre com altos custos e desigualdades regionais.






