O futuro político de Celso Sabino, ministro do Turismo, entrou em rota de colisão com a cúpula de seu partido, o União Brasil. Segundo o portal CNN Brasil, a legenda abriu dois procedimentos internos contra ele: um que pode culminar em sua expulsão por infidelidade partidária e outro que prevê a destituição da Executiva estadual do Pará, hoje sob o seu comando.
A movimentação ocorre porque Sabino decidiu permanecer no governo, mesmo após o ultimato da federação PP-União Brasil, que determinou a saída imediata de seus filiados da Esplanada. Embora tenha apresentado um pedido de demissão a Lula na semana passada, o ministro avisou que só deixaria o cargo após concluir uma série de entregas ligadas à COP30, que será realizada em novembro, em Belém, no Pará, seu principal reduto eleitoral.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Sabino e Lula na inaguração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Una, no bairro Telégrafo, em Belém, ParáReprodução: Instagram/@celsosabinooficial Ministro do Turismo, Celso Sabino, em agenda com o presidente Lula nesta sexta-feira (3/10)Reprodução: Instagram/@celsosabinooficial Celso Sabino e LulaFoto: Ricardo Stuckert Ministro do Turismo no Brasil, Celso SabinoReprodução: Instagram/@celsosabinooficial COP30 acontecerá em Belém, no ParáDivulgação
Voltar
Próximo
Leia Também
Política
Ministro do Turismo pede demissão do cargo após pressão do União Brasil
Política
Ministros do BRICS selam compromisso com turismo sustentável
Notícias
Pratos típicos do Pará são confirmados na COP30 após recuo de veto
Política
COP30: Brasil busca liderança climática global em meio a crise de infraestrutura
O processo de expulsão tem como relator o deputado Fábio Schiochet (SC), presidente da Comissão de Ética da Câmara, que já notificou o ministro para apresentar defesa. O parecer está previsto para a próxima quarta-feira (8/10) e deve recomendar sua saída do partido, caso ele não deixe o posto até o início da próxima semana. A relatoria do processo de destituição da Executiva estadual está a cargo da senadora Professora Dorinha (TO) e seguirá o mesmo calendário.
Já Sabino busca ganhar tempo. Nesta sexta-feira (3/10), acompanhou o presidente Lula em uma agenda em Belém para vistoriar obras da COP30. O ministro tem dito a aliados que não pretende abrir mão do cargo antes do evento internacional, considerado estratégico para fortalecer sua pré-candidatura ao Senado em 2026.
Nos bastidores, a resistência do ministro vem gerando desconforto no União Brasil e é acompanhada de perto pelo Centrão, que pressiona por mais espaço no governo após a provável saída de ministros ligados à sigla.






