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Após abandonar o país, Alexandre Ramagem tem prisão decretada pelo STF

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Após abandonar o país, Alexandre Ramagem tem prisão decretada pelo STF

A ordem de prisão preventiva contra Alexandre Ramagem foi assinada nesta sexta-feira (21/11) pelo ministro Alexandre de Moraes depois que a Polícia Federal (PF) identificou que o deputado, condenado no processo do plano golpista, havia deixado o Brasil e se estabelecido nos Estados Unidos. Relatórios apontam que Ramagem teria saído do país ainda em setembro, mês em que seu caso foi julgado pela Primeira Turma do STF. O parlamentar solicitou licença médica à Câmara por 30 dias, renovada até dezembro, mas não retornou ao território brasileiro nesse período.

Ramagem teria viajado primeiro para Boa Vista, em Roraima e, de lá, cruzado clandestinamente a fronteira por terra antes de seguir viagem para outro país até chegar a Miami, onde hoje vive em um condomínio na região de North Miami. A Câmara informou que nunca foi comunicada oficialmente de sua saída do Brasil e que não autorizou viagem internacional em missão parlamentar. Nesta semana, veio à tona ainda que o deputado chegou a pedir ao Legislativo um celular com roaming internacional para participar remotamente de votações, o que não é permitido pelas regras internas.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado Alexandre RamagemFoto: Vinícius Schmidt/Metrópoles O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)Foto: Antonio Augusto/STF
Alexandre de Moraes no primeiro dia do julgamento de Jair Bolsonaro no STFReprodução: YouTube/TV Justiça Primeira Turma do STFReprodução: Internet

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A decisão de Moraes foi tomada após a publicação do acórdão que rejeitou os últimos recursos apresentados por Ramagem e outros réus, inclusive Jair Bolsonaro. Agora, o caminho fica aberto para a execução das penas, o que pressiona ainda mais os condenados. No caso de Ramagem, além da prisão, a Justiça determinou a perda do cargo na PF e o pagamento de multa. Ele recebeu pena de 16 anos e um mês de reclusão, em regime fechado.

Ex-diretor da Abin durante o governo Bolsonaro, Ramagem é acusado de liderar uma estrutura clandestina de espionagem dentro da agência. Segundo a PGR, o deputado teria comandado uma “Abin paralela” voltada a interesses políticos do então presidente. Apesar de negar envolvimento, foi o único dos 8 réus condenado por 3 crimes no julgamento.

A ida de Ramagem ao exterior é a mesma estratégia tomada por outros parlamentares investigados em processos relacionados ao 8 de Janeiro. Casos recentes incluem Marcos do Val, que viajou aos EUA mesmo tendo o passaporte retido por ordem judicial; e Carla Zambelli, presa em Roma após fugir para evitar o cumprimento de sentença. Até o momento, Ramagem não se manifestou publicamente sobre a ordem de prisão nem respondeu às acusações.

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