9 novembro 2025

Após morte de adolescente, MP determina investigação sobre ação da PM no Acre

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Vitor Gabriel foi morto no local do suposto confronto com a polícia — Foto: Reprodução
Vitor Gabriel foi morto no local do suposto confronto com a polícia — Foto: Reprodução

O Ministério Público do Acre (MP-AC) assumiu oficialmente o acompanhamento das investigações sobre a morte do adolescente Vitor Gabriel Sales Rodrigues, de 16 anos, ocorrida em 10 de maio durante uma troca de tiros com a Polícia Militar em Rio Branco. A decisão foi publicada no Diário Oficial do órgão nesta segunda-feira (3).

De acordo com a publicação, o MP-AC instaurou um procedimento administrativo para monitorar o caso, com o objetivo de “prevenir e reprimir qualquer abuso de autoridade ou omissão” por parte dos policiais envolvidos. A promotora de Justiça Maria Fátima Ribeiro Teixeira, responsável pelo caso, destacou a necessidade de fiscalizar mortes resultantes de ações policiais.

Para esclarecer completamente as circunstâncias da morte de Vitor Gabriel, a promotoria solicitou informações e documentos à Corregedoria Geral da Polícia Militar e à Delegacia de Homicídios. O prazo para a conclusão dessas verificações não foi divulgado.

Contexto do Caso

Segundo relatos do Centro de Operações Policiais Militares (Copom), o episódio começou quando Vitor e um comparsa, identificado posteriormente como Andrissio Coelho Pimentel, de 32 anos, saíram de canoa do bairro Cidade Nova com destino ao bairro Base. A intenção da dupla, de acordo com a polícia, era atacar membros de uma facção criminosa rival.

No Beco Brasiléia, os dois atiraram contra um grupo de pessoas, ferindo um homem, que foi socorrido pelo SAMU e encaminhado ao pronto-socorro. Após o ataque, a dupla retornou de canoa para o Cidade Nova, onde a Polícia Militar, já acionada, havia montado um cerco.

Ao perceberem a presença policial, os suspeitos teriam iniciado um tiroteio e tentado fugir. Na troca de tiros, Vitor Gabriel foi atingido e morreu no local. Seu corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) para realização de exames.

Já o comparsa, Andrissio, foi baleado e, na tentativa de fuga, pulou no Rio Acre, desaparecendo nas águas. Dois dias depois, em 12 de maio, seu corpo foi encontrado no rio, na região do Bairro Cadeia Velha. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o cadáver estava com duas armas amarradas na cintura.

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