No município de Mogi Mirim, em São Paulo, uma dupla faz muito sucesso nos corredores de casas de acolhimento para idosos. Entre mãos trêmulas com marcas do tempo, focinhos gelados e rabos abanando, o amor se destaca. Lua e Shurastey, cachorros da raça golden retriever, levam conforto e afeto para os amigos da terceira idade.
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Os animais são parte do programa Pet Terapia, do Instituto Admax. Há cerca de um ano e meio, a dupla dinâmica se tornou muito mais que pets, mas “terapeutas do amor”. Treinados para ter disciplina e bom comportamento, eles também visitam pacientes em hospitais, instituições e centros de reabilitação.
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Com os idosos, o impacto é o mesmo. Agitam positivamente o dia de quem já vê a vida passar de forma mais solitária e, às vezes, até dolorosa. “É impressionante ver como o ambiente muda quando eles chegam, os idosos relaxam, ficam felizes”, afirma Thaís Solidário, psicóloga da Vila Vicentina, casa de acolhimento para pessoas da terceira idade.
Como funciona a terapia assistida por pets
A terapia assistida por animais (TAA), ou pet terapia, como é conhecida, é considerada pela ciência como uma ferramenta de apoio emocional e, dependendo, até físico, para pessoas que passam por algum tipo de tratamento. O contato com cachorros ajuda na redução da ansiedade e da pressão arterial, além de melhorar humor e estimular fala e movimentos.

“É muito gratificante poder proporcionar isso para quem está sofrendo. E os dois também parecem entender o que estão fazendo”, relata Larissa Aquino e Samuel, tutores dos cães.
Para a tutora, os cães também foram motivo de conforto emocional e afeto em um momento difícil. A fêmea chegou para o casal quando Larissa estava lidando com o luto de ter perdido a mãe. “A Lua me ajudou muito na recuperação e pensei que aquilo não poderia ficar só para mim. Foi quando eu e meu esposo resolvemos procurar o Instituto Adimax, e fazer a inscrição no programa.”
O programa
Hoje em dia, além de São Paulo, a iniciativa está em nove estados brasileiros. “O objetivo do programa é promover essa relação de troca entre o ser humano e o cão. É por meio dessa conexão que, ao longo dos anos, temos conseguido oferecer acolhimento e bem-estar a pessoas em situação de vulnerabilidade”, comenta Caroline Martelli, responsável pelo programa.

Ela ainda acrescenta que os animais são dóceis e demonstram prazer em interagir com as pessoas. Histórias como a de Lua e Shurastey são um incentivo para que cada vez mais tutores procurarem programas que utilizam cachorros como apoio para aqueles que enfrentam dificuldades.






