A Confederação Brasileira de Futebol segue avançando no processo de modernização da arbitragem nacional. Uma semana após sua criação, o Grupo de Trabalho (GT) da Arbitragem mantém atividades diárias na Granja Comary, onde 68 árbitros, assistentes e profissionais de vídeo das Séries A e B participam de um período de treinos físicos, avaliações técnicas e estudos teóricos iniciados no dia 10. Na segunda-feira (17/), o presidente do GT, Netto Góes, apresentou no auditório da CBF Academy a estrutura de funcionamento do grupo e o cronograma de ações previstas para o setor.
“Este é o momento não de falar da arbitragem, mas para a arbitragem”, afirmou Netto Góes ao abrir a exposição destinada aos profissionais presentes na concentração. Ele destacou que os integrantes do GT e os árbitros que atuam nas principais competições nacionais terão participação direta na construção do Plano Nacional para a Arbitragem, previsto para 2026, quando deverá ser implementado o processo de profissionalização.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Entenda a nova tecnologia de impedimento que estreia no futebol brasileiro em 2026Foto: CBF Sede da Confederação Brasileira de FutebolReprodução/Innstagram: @cbf Arbitragem brasileira tem sido questionada cada vez mais. Foto: Reprodução Reprodução/x
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“É imprescindível que a gente consiga dar democratização para as discussões do GT. É um pedido do presidente Samir Xaud que a gente possa ouvir clubes, federações, mas também os árbitros, porque daqui teremos nossa tomada de decisão validada em projetos futuros do GT”, disse Góes. O dirigente ainda acrescentou: “Trocar estas ideias e apresentar nossos planos era indispensável. Partindo daqui, com escuta e diálogo, vamos conseguir consolidar um Plano Nacional para a Arbitragem já na temporada de 2026, e a médio e longo prazo para as temporadas seguintes.”
A apresentação contou também com a participação de Davi Feques, gerente da CBF Academy, que detalhou o levantamento de modelos de profissionalização adotados por ligas internacionais e que servirão de referência para o desenho do projeto brasileiro. A criação do GT ocorre no período de transição entre as temporadas de 2025 e 2026, marcado pela modernização do calendário e pela introdução de tecnologias como o impedimento semiautomático.
Para o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Rodrigo Cintra, o momento é de consolidação. “Estamos fechando 2025 com desafios e entregando um campeonato limpo. Vamos para 2026, que será a primeira temporada completa da gestão do presidente Samir, antecipando possibilidades, planejando profissionalização e com investimento tecnológico. Temos tudo para confirmar o Brasileirão como um dos principais campeonatos do mundo”, pontuou.
A perspectiva de mudanças foi bem recebida pelos árbitros. Matheus Candançan avaliou: “Para nós este primeiro passo é muito importante. Entendemos como o GT vai funcionar e suas propostas. Muito positivo o estudo feito de como a profissionalização acontece em outros países para a gente entender o melhor cenário para os árbitros do Brasil. Desta forma, com profissionalização, teremos um desempenho melhor e de acordo com o que o futebol brasileiro merece e precisa”.
A rotina na Granja Comary inclui acompanhamento físico, técnico, teórico, fisiológico e nutricional, conduzido por integrantes da Comissão de Arbitragem como os cientistas esportivos Emerson Filipino e Francisco Zacaron. Segundo o monitoramento realizado pelos profissionais, os árbitros não apresentaram ganho de peso mesmo com cinco refeições diárias, resultado do cardápio balanceado e da carga de treinamentos.
Os dados também registram evolução no salto vertical — entre 1,8 e 3,1 cm, uma média de 6,8% — e na flexibilidade, entre 1 e 2,3 cm, média de 5,8%, indicando que, apesar do fim da temporada, os 68 participantes mantêm boa condição física.
A árbitra Daiane Muniz avaliou sobre o processo da preparação. “Trabalhamos repetição e constância, e esta troca de conhecimento, de como é nosso dia a dia, os treinos técnicos e físicos, tudo isto é muito importante para os próximos passos que serão discutidos para a melhora da arbitragem brasileira”. Já o árbitro Rafael Klein ressaltou o ambiente de trabalho desenvolvido durante a concentração. “Esta é a segunda vez que venho na Granja Comary para uma semana de treinamentos. O senso de pertencimento que criamos aqui, com a Seleção da Arbitragem, é muito positivo. É um espaço em que o campo está perto da parte teórica, e onde conseguimos sentir o futebol, e sentir isso é o que o árbitro mais quer, isso nos condiciona a evoluir”, afirmou.
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