5 dezembro 2025

Criminosos do B13 e CV fazem videochamada com ameaças e citam morte de ativista no Acre

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IMAGEM VIA AC24H

Passou a circular nas redes sociais na manhã deste domingo (16) uma videochamada envolvendo membros das organizações criminosas Bonde dos 13 (B13) e Comando Vermelho (CV). Na gravação, os criminosos Eduardo Queiroz Veríssimo, de 23 anos, vulgo “Caboco”, preso durante uma intervenção policial, e Yago Silva e Silva, de 16 anos, vulgo “Sinistro” morto na mesma ação após apontar uma arma de fogo para a polícia na madrugada da última sexta-feira (14), no bairro Triângulo Novo, em Rio Branco, aparecem com outros comparsas fazendo ameaças e comemorando a morte do jovem ativista Micaias Santos Almeida, de 18 anos, ocorrida em fevereiro deste ano crime que chocou moradores do bairro Taquari, no Segundo Distrito de Rio Branco.

Nas imagens, os membros da facção B13  Eduardo, Yago e outros dois comparsas não identificados exibem uma arma de fogo contra seus rivais. Em seguida, um faccionado identificado como “Cabuloso”, do CV, retruca os integrantes do B13 e afirma que Micaias era inocente.

“Aqui não é que nem vocês, não, seus noiados safados. Aqui é o trem-bala, é o Comando Vermelho. Agora vocês são safados, mataram um inocente. Brota aqui, mano, estou mostrando a minha cara. Aqui é o Cabuloso”.

Os crimes da dupla

Apesar da pouca idade, Eduardo e Yago são considerados pela polícia criminosos de alta periculosidade, com envolvimento direto e indireto em mortes registradas em Rio Branco.

Caboco é apontado como autor de diversos homicídios, incluindo o do ativista social Micaias Santos de Almeida e do amigo André Silva Santos, mortos no bairro Taquari, além de participação no assassinato de Janaira Andresa de Souza, de 15 anos, esquartejada e jogada no Rio Acre no ano passado.

Já Yago, além da participação na morte do ativista Micaias, respondia pelos homicídios de Luiz Afonso da Cunha, de 47 anos, e Adálio de Águiar Fernandes, de 48 anos, ocorridos na madrugada do dia 22 de junho de 2024 dentro de uma distribuidora e mercearia situada na Rua Baguari, no bairro Taquari, no Segundo Distrito de Rio Branco, onde cerca de oito criminosos invadiram o local e executaram as vítimas a tiros.

VEJA O VÍDEO:

Entenda o caso da prisão de Eduardo e morte de Yago

Por volta das 21h da última quinta-feira (13), a polícia foi informada via rádio que indivíduos armados teriam sido vistos a pé na Rua Passeio, no bairro Taquari. Diante disso, as equipes intensificaram o patrulhamento na região.

Já por volta de 1h da sexta-feira, 14, a guarnição realizava patrulhamento ostensivo e preventivo nos bairros Taquari e Triângulo para evitar conflitos entre as organizações criminosas Comando Vermelho (CV) e Bonde dos 13 (B13). Ao entrar na Rua Padre José, os policiais avistaram dois indivíduos parados em uma esquina, local conhecido como ponto de comércio ilegal de entorpecentes.

Ao perceberem a aproximação da polícia, um dos indivíduos atravessou a rua e o outro permaneceu no local. Ambos estavam armados. Um portava a arma na cintura e tentou escondê-la, enquanto o outro carregava uma arma na mão e tentou ocultá-la atrás do corpo.

Durante a tentativa de abordagem, um dos suspeitos jogou a arma no chão e se rendeu. O outro, Yago, sacou a arma da cintura e tentou apontá-la para o policial, que reagiu rapidamente e efetuou um único disparo para cessar a agressão iminente.

A guarnição acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e isolou a área para os trabalhos periciais. Os indivíduos foram identificados como Yago Silva e Silva, vulgo “Sinistro” (alvejado), e Eduardo Queiroz Veríssimo, vulgo “Caboco”, ambos conhecidos por envolvimento com tráfico de drogas e suspeitos de participação em diversos homicídios.

O SAMU prestou atendimento ao ferido, mas Yago não resistiu e morreu dentro da viatura de suporte avançado. O óbito foi atestado pelo médico socorrista Dr. Luiz Alberto. Durante o atendimento, foram encontrados três cartuchos de calibre 28 intactos e entorpecentes que caíram do bolso do paciente.

A Polícia Técnica realizou os exames periciais, e equipes da DHPP e do Comando de Patrulha acompanharam o procedimento. Em conversa com os policiais, Eduardo afirmou que realizava a segurança do local ao lado do comparsa e que as armas seriam usadas apenas para proteção.

Diante das circunstâncias, Eduardo recebeu voz de prisão pelos crimes, em tese, de porte ilegal de arma de fogo, associação para o tráfico e tráfico de drogas. Após os procedimentos periciais e liberação da cena, ele foi conduzido ileso à Delegacia de Flagrantes (DEFLA).

Com informações  AC24H

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