As tensões na política de Sena Madureira ganharam um novo capítulo na tarde desta quarta-feira (19), após declarações atribuídas ao vereador Dênis Araújo (PP) viralizarem em grupos de WhatsApp, gerando um clima de expectativa, temor e especulações no município.
No suposto áudio, Dênis sugere que poderá abrir a chamada “Caixa Preta da Câmara”, indicando que guarda informações internas que, segundo apoiadores, “abalariam estruturas”. A repercussão tomou grandes proporções e movimentou os bastidores políticos.
Diante disso, o YacoNews procurou o parlamentar, que enviou à redação as mensagens reproduzidas na imagem acima — e seu posicionamento confirma que a situação é ainda mais delicada do que se imaginava.
“Momento é de silêncio”: vereador admite pressão e revela seguir orientações
Nas mensagens, Dênis começa dizendo que está “analisando” o cenário e que recebeu proposta para continuar trabalhando fora da política, afirmando que, recebendo o mesmo que ganha como vereador, “não tem nada a perder”.
Ao ser questionado sobre as supostas revelações devastadoras, o vereador confirma:
“Sim, mas é melhor não falar nada agora. Vou aguardar os próximos passos de quem quer a minha cabeça.”
A frase acende um alerta: Dênis admite que há um movimento organizado contra ele e que sua estratégia, neste momento, é aguardar a evolução dos acontecimentos.
Em seguida, envia a declaração mais tensa da conversa:
“Rapaz, melhor não falar mais. Pode atrapalhar. Momento agora é de silêncio, estou seguindo algumas orientações.”
A declaração reforça que o vereador está sendo aconselhado — possivelmente por advogados, aliados políticos ou lideranças estaduais — para não se pronunciar publicamente enquanto o cenário se desenrola.
Crise política sem precedentes
O clima dentro da Câmara Municipal é descrito por interlocutores como “de guerra fria”. O temor é de que o vereador, sentindo-se pressionado, possa realmente abrir informações internas, o que poderia gerar:
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constrangimentos políticos,
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exposição de acordos,
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atritos entre grupos,
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novos pedidos de investigação.
Dênis, que atualmente está em São Paulo, sinalizou em suposto áudio que pode renunciar caso considere inevitável uma tentativa de cassação. Ainda assim, deixou claro que, se isso acontecer, alguns poderão “se arrepender amargamente”.







