A indicação do Advogado-Geral da União Jorge Messias, para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), gerou reação de organizações que defendem maior representatividade feminina e negra no judiciário.
Os grupos Fórum Justiça, Plataforma Justa e Themis Gênero e Justiça criticaram a escolha nesta quinta-feira (20/11). Na avaliação dessas organizações, a escolha reforça um padrão de exclusão em espaços de poder.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (20/11), as entidades cobraram que o governo transforme o discurso sobre diversidade em ações concretas e avance na redução das desigualdades em cargos públicos.
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“Optar, mais uma vez, por um homem em um colegiado majoritariamente masculino reproduz uma lógica histórica de exclusão e revela a pouca disposição do Estado brasileiro de enfrentar a desigualdade de gênero e raça que estrutura as instituições de justiça”, destacou a nota.
As três entidades já haviam se manifestado sobre o tema em outubro. Na ocasião, foi apresentado uma sugestão com 13 nomes de candidatas, entre mulheres brancas e negras, que poderiam ocupar a vaga.
Atualmente, apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia, integra o STF.
STF
Jorge Messias é o atual chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) e foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após a indicação, Messias deve passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal e, em seguida, ser analisada pelo plenário da Casa. Caso seja aprovado pela Casa, o escolhido poderá ficar no cargo até 2055.