Com aparência de bala e promessa de facilitar a rotina, os suplementos em gummy ganharam espaço entre os consumidores. Em entrevista ao portal LeoDias, a nutricionista e colunista Adriane Dias avaliou os pontos positivos e os cuidados necessários com esse tipo de suplementação e explicou sobre eles.
A nutricionista explicou que “apesar de serem práticos e agradáveis ao paladar, os suplementos em formato gummy não são a melhor opção para todas as vitaminas e minerais”, além de salientar que, durante o processo de fabricação, os outros ingredientes usados para formar a goma podem reduzir a concentração real de nutrientes.
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Dessa forma, os comprimidos, cápsulas ou versões líquidas acabam sendo mais eficazes, principalmente quando há deficiência comprovada ou necessidade terapêutica. Além disso, normalmente as gomas possuem um custo mais alto.
Adriane também fez um alerta: grande parte dos gummies disponíveis no mercado contém açúcar ou adoçante, corantes artificiais, aromatizantes e até gelificantes, o que pode aumentar o valor calórico e provocar desconforto gastrointestinal em pessoas sensíveis. No caso de pessoas diabéticas ou com resistência à insulina, é preciso ficar atento na hora de comprar, escolhendo versões sem açúcar e verificando se o adoçante utilizado não eleva a glicemia.
“Mesmo parecendo ‘inofensivos’, os suplementos em formato de goma devem ser prescritos. O uso sem acompanhamento pode gerar excesso de nutrientes (como vitaminas A, D, E ou ferro), o que traz riscos reais de toxicidade. Além disso, há muitas diferenças de qualidade entre marcas: algumas têm doses baixas demais para surtir efeito; outras exageram nas promessas. O ideal é avaliar exames, alimentação e estilo de vida antes de introduzir qualquer tipo de suplemento”, reforçou Dias.
Gummy para crescer cabelo e unhas:
Já os famosos gummies para o crescimento de cabelos e unhas, que são os queridinhos das mulheres, geram controvérsias sobre seu real funcionamento. A nutricionista explicou que as balas realmente contêm nutrientes, mas que só surtirão efeito naqueles que apresentam deficiência dessas vitaminas.
“A maioria das fórmulas voltadas para cabelo e unhas contém biotina, zinco, selênio e vitaminas A, C e E, que de fato participam da síntese de queratina e colágeno, auxiliando na saúde capilar e das unhas. No entanto, se a pessoa não apresenta deficiência desses nutrientes, a suplementação não trará benefícios perceptíveis. Existem inúmeros motivos para queda de cabelo e fraqueza nas unhas. É preciso avaliar cada caso individualmente para entender o que realmente precisa ser suplementado, evitando a suplementação aleatória. Como nutricionista, sempre reforço: o primeiro passo é cuidar da base, alimentação equilibrada, hidratação, sono e controle do estresse. Os suplementos só apresentam resultados quando há indicação real”, explicou.






