Milton Nascimento lamentou a morte de Lô Borges ao publicar, nas redes sociais, nesta segunda-feira (3/11), fotos em uma homenagem comovente ao amigo. O cantor e compositor mineiro, que morreu aos 73 anos, em Belo Horizonte, estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde 17 de outubro. Ele havia sido hospitalizado por causa de uma intoxicação medicamentosa, precisou de ventilação mecânica e passou por traqueostomia e hemodiálise.
“Lô Borges foi — e sempre será — uma das pessoas mais importantes da vida e obra de Milton Nascimento. Foram décadas e mais décadas de uma amizade e cumplicidade lindas, que resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo: o Clube da Esquina”, começa o texto publicado no Instagram de Milton.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Milton integrou o Clube da Esquina ao lado de Lô, de quem também era amigoReprodução/Instagram/@loborgesoficial Milton integrou o Clube da Esquina ao lado de Lô, de quem também era amigoReprodução/Instagram/@loborgesoficial Milton integrou o Clube da Esquina ao lado de Lô, de quem também era amigoReprodução/Instagram/@loborgesoficial Milton integrou o Clube da Esquina ao lado de Lô, de quem também era amigoReprodução/Instagram/@loborgesoficial Milton integrou o Clube da Esquina ao lado de Lô, de quem também era amigoReprodução/Instagram/@loborgesoficial Milton integrou o Clube da Esquina ao lado de Lô, de quem também era amigoReprodução/Instagram/@loborgesoficial Milton integrou o Clube da Esquina ao lado de Lô, de quem também era amigoReprodução/Instagram/@loborgesoficial
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“Lô nos deixará um vazio e uma saudade enormes, e o Brasil perde um de seus artistas mais geniais, inventivos e únicos. Desejamos muito amor e força à família Borges, que acolheu Bituca em sua chegada a Belo Horizonte, lá nos anos 60, e, principalmente, ao seu filho Luca. Descanse em paz, Lô”, completa a mensagem.
Os músicos se conheceram em Belo Horizonte, em um período fértil da cena cultural mineira. O pontapé inicial dessa amizade aconteceu em 1963, quando Bituca se mudou para o mesmo edifício onde morava a família Borges. Em busca de novas amizades e parceiros musicais, ele se aproximou de Lô e de seus irmãos.
O grupo costumava se reunir para conversar sobre música e compartilhar experiências. Os encontros aconteciam na esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro Santa Tereza — ponto que inspirou o nome do movimento Clube da Esquina.
Embora o embrião do movimento tenha surgido nos anos 1960, foi apenas em 1972 que Milton e Lô lançaram juntos o álbum duplo “Clube da Esquina”, pela gravadora EMI-Odeon, em parceria com outros músicos mineiros. O disco se tornou um marco da MPB e um dos álbuns mais reverenciados da história da música mundial. Anos depois, em 1978, Milton lançou “Clube da Esquina 2”, com novos integrantes, como Flávio Venturini e Murilo Antunes.
Lô Borges deixa um legado de 53 anos de carreira e é considerado um dos nomes mais importantes da música brasileira. Sua trajetória inclui clássicos como “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “O Trem Azul” e “Paisagem da Janela”.
Nos últimos anos, manteve uma produção intensa: desde 2019, lançou um álbum de inéditas por ano. O mais recente, “Céu de Giz” (2025), gravado em parceria com Zeca Baleiro, chegou ao público em agosto.






