5 dezembro 2025

“Não é uma série da Netflix”, diz ouvidora em discussão na Defensoria

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A ouvidora-geral Camila Marques e a primeira subdefensora pública geral de São Paulo, Bruna Simões, discutiram ao vivo durante uma sessão do Conselho Superior da Defensoria Pública de São Paulo na última sexta-feira (31/10). A discussão foi sobre a transparência das últimas reuniões do órgão, que deixaram de ser transmitidas no YouTube no início deste ano.

A subdefensora afirmou que se negou a dialogar sobre o assunto com Camila devido a episódios de desentendimentos antigos, que aconteceram em âmbito privado. Camila, então, negou a acusação, afirmando que “a sessão não é uma sala de 5ª série, nem uma série da Netflix”. O embate provocou reações dos presentes na sessão e do público que acompanhava a transmissão.

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“Quando Vossa Excelência diz que não vai dialogar com a Ouvidoria, Vossa Excelência diz que não vai dialogar com a população”, afirmou a ouvidora-geral, Camila Simões.

Por conta da discussão, o Conselho Consultivo da Ouvidoria-Geral divulgou uma nota pública nessa quinta-feira (6/11), solicitando retratação da Defensoria-Geral. “A atitude fere os princípios da transparência e do diálogo e é incompatível com a função desempenhada”. O grupo afirmou, ainda, que a postura de fechamento ao diálogo é recorrente.

“Não há como defender direitos na sombra. A transparência não é uma concessão: é um dever constitucional, além de uma exigência ética”, afirma o documento”, afirma o texto.

Já a Defensoria Pública declarou que reitera o compromisso com a transparência, o diálogo permanente e a participação social, repudiando “qualquer forma de violência institucional ou de gênero”.

Em relação ao questionamento inicial que gerou a discussão — a falta de transmissão no YouTube —, o órgão informou que foi criado, ainda em outubro, um novo espaço digital para divulgar as reuniões.

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