Giullia Buscaccio é um dos grandes destaques da série “Os Donos do Jogo”, que estreou em outubro e rapidamente se tornou um dos fenômenos da Netflix. Em entrevista ao portal LeoDias, a atriz de 28 anos exalta sua nova personagem na produção que mergulha no submundo do jogo do bicho, explorando rivalidades familiares, disputas de poder e a complexidade das relações humanas.
Na trama dirigida por Heitor Dhalia, Giullia interpreta Suzana Guerra, irmã de Mirna (Mel Maia). As duas são filhas de Jorge Guerra (Roberto Pirillo), um dos bicheiros mais poderosos do Rio de Janeiro, e cresceram sabendo que herdariam grande parte das bancas da cidade.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Búfalo (Xamã), Suzana (Giullia Buscaccio), Mirna (Mel Maia) e Jorge Gerra (Roberto Pirillo)Divulgação/Aline Arruda/Netflix Giullia Buscácio e Xamã em cena na série “Os donos do jogo”, da NetflixDivulgação/Albert Andrade/Netflix
As atrizes Mel Maia e Giullia Buscaccio nos bastidores de “Os Donos do Jogo”Reprodução/Instagram/@giubuscaccio Reprodução/Instagram/@giubuscaccio A atriz Giullia BuscaccioReprodução/Instagram/@giubuscaccio A atriz Giullia BuscaccioReprodução/Instagram/@giubuscaccio
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Giullia conta qual foi o maior desafio de interpretar uma mulher dividida entre o afeto familiar e o universo da contravenção. “Deixar o lado da Giullia empoderado de lado. Sempre bati no peito para dizer das minhas conquistas, sem depender de uma figura masculina para crescer e não entendia, inicialmente, o lugar que a Suzana ocupava no jogo. Mas a partir do momento que entendi a inteligência da Suzana, que ela também é uma mulher empoderada, mas que vive numa realidade onde a obrigam a se diminuir para caber num ambiente extremamente machista e que mesmo assim ela usa da grandeza e inteligência dela para sobreviver, comecei a entender o jogo dela e viver o desafio”, destaca.
A Suzana é contida e estratégica, enquanto Mirna é explosiva e impulsiva. A atriz explica como trabalhou essa diferença em cena para deixar a tensão familiar evidente. “Cada uma tem um jogo diferente. Desde o início do projeto, conversamos muito sobre não ter ninguém 100% bonzinho, cada um usa suas armas para chegar ao trono, mas a Suzana entendeu antes da Mirna que ela sem uma figura masculina jamais chegaria próxima da cúpula, e dessa forma, não poderia acessar o que era seu por direito. Já a Mirna optou por peitar. Entendemos essas diferenças e decidimos construir o laço afetivo de irmãs, para depois poder partir para a briga (risos)”, conta.
A rivalidade entre as personagens é um dos pontos centrais da série. Giullia comenta como foi construir essa relação de amor e disputa com Mel Maia. “Acho que o fato de termos uma boa relação fora de cena nos fez sentir à vontade para trazer a intensidade necessária e se odiar bastante, sem perder nossa amizade (risos). Nós duas temos irmãs e conversamos muito sobre o fato de amar muito uma pessoa, mas ter as diferenças e intimidade suficiente para xingar e querer voar uma na outra (risos). No final do dia, elas continuam sendo irmãs e têm um laço que, felizmente ou infelizmente, vai acompanhá-las para sempre”, diz.
Para Giullia, trabalhar com Mel foi pura diversão. “Incrível! Temos muitas vivências cariocas para trocar, nos divertimos muito na cena da briga. O contato físico da briga foi ensaiado, mas os xingamentos, a gente pode improvisar e isso tornou a cena ainda mais real. Assim que acabou a cena, caímos na gargalhada (risos)”, conta.
Giullia Buscaccio e Xamã formam casal em “Os Donos do Jogo”
Na trama, Suzana vive um romance com Búfalo, personagem de Xamã, que assume os negócios ilícitos da família dela com o apoio da amada. “Eu e Xamã tivemos a oportunidade de trabalharmos juntos em Renascer (2024). Ter um amigo e parceiro como ele em ‘Os Donos do Jogo’ fez toda a diferença no projeto. Ele é um ator extremamente comprometido, dedicado, respeitoso, uma figura masculina que valida a opinião da parceira, indo na contramão do que acontece com as mulheres na nossa história da série”, ressalta.
Giullia também elogia o veterano Roberto Pirillo, que interpreta seu pai. “Estar em um projeto que dá espaço e enaltece grandes atores que marcaram a televisão brasileira é uma alegria sem tamanho. Tenho muito orgulho em fazer parte disso. O Roberto trouxe a atmosfera e a construção de personagem dele, me ajudou a entender a criação da Suzana e como esse pai criou essa filha para ela se tornar essa mulher”, afirma.
Dois sucessos na TV e estreia no cinema em 2026
Com 16 anos de carreira, Giullia vive uma fase intensa. Além de “Os Donos do Jogo”, ela está na quarta temporada de “Arcanjo Renegado”, que estreou na última quinta-feira (6/11), no Globoplay; e no filme “Álibi”, com Leandro Hassum e Maurício Destri, previsto para estrear em 2026 nos cinemas.
Em “Arcanjo Renegado”, ela interpreta Tay, uma mulher cercada de luxo e mistérios. “Desde o teste, senti que a Tay seria um grande desafio. Ela é uma mulher completamente diferente de mim: intensa, ousada, destemida, vive num mundo pesado, com escolhas que eu jamais faria e envolvida nesse universo de poder. Tudo isso me fez ter um olhar atento às escolhas de vida da Tay, para dar a força necessária que essa personagem precisa para encarar aquele universo”, diz.
A personagem tem cenas quentes com Marcello Novaes, e Giullia explica como foi lidar com a exposição. “Não há nada gratuito nessas cenas: tudo está ali para contar uma história. Tivemos o apoio de um coordenador de intimidade, então é tudo muito técnico e coreografado, quase como um balé. Sobre a química, acredito que um bom ator consegue criá-la com qualquer parceiro de cena. E trabalhar com o Marcello foi incrível. Ele é generoso, talentoso e torna tudo mais leve e profissional”, revela.
Já sobre o filme com Hassum, ela comemora: “Gravamos esse ano esse projeto, que marca a minha estreia no cinema. E eu estou louca para ver o resultado! Foi incrível trabalhar com o Leandro e com todo o elenco. Interpreto a Alice e não posso contar ainda muitos detalhes, mas nesse projeto apresento ao público algo mais leve e divertido”.
Para finalizar, Giullia reflete sobre o momento profissional, com dois projetos no ar quase ao mesmo tempo. “Esperei muito pelo momento que eu teria a oportunidade de mostrar mais do meu trabalho em personagens tão complexas. Cada uma me desafiou de um jeito. A Suzana, pela primeira vez, me mostrou uma reação diferente do público comigo. Acho que a Tay também vai gerar reações bem diferentes do que as mocinhas que já vivi no audiovisual”, conclui.






