O policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, acusado de matar o lutador de jiu-jítsu Leandro Lo em agosto de 2022, gravou um vídeo pedindo perdão à família e amigos do campeão mundial da modalidade. Na última sexta-feira (14/11), o agente foi absolvido pelo Tribunal do Júri, que concordou com a tese de legítima defesa apresentada pelos advogados do tenente.
No vídeo publicado pelo advogado de defesa Cláudio Dalledone e enviado à imprensa, o PM relembrou o período presídio militar Romão Gomes e o encontro com a própria fé: “Eu estive durante 3 anos e 3 meses encarcerado e hoje eu posso dizer que eu tive uma experiência única e eu tive um encontro genuíno com um Deus forte, um Deus poderoso em que eu já conhecia, mas que hoje eu posso falar com toda certeza e convicção que ele é comigo e está na minha vida”.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Henrique Velozo relembrou, ainda que de maneira comedida, o dia da morte do lutador.Reprodução/Claudio Dalledone
Henrique Velozo, policial acusado de matar Leandro Lo, foi demitido da PM de São Paulo / Reprodução Leandro Lo, multicampeão de Jiu-Jitsu assassinado por policial em 2022 / Reprodução IBJJ Leandro Lo, multicampeão de Jiu-Jitsu assassinado por policial em 2022 / Reprodução IBJJ “Enterrei meu filho pela segunda vez”: mãe de Leandro Lo desabafa após PM ser absolvidoReprodução: Instagram @fatimaloo
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Em seguida, o tenente direcionou a palavra aos entes queridos do lutador, que morreu aos 33 anos, além de relembrar a noite do assassinato: “E em nome dele, eu preciso fazer um pedido, que é um pedido de perdão, um pedido de perdão aos familiares, a mãe, ao pai, a irmã, aos amigos e a todas as pessoas que amavam Leandro Lo”.
“Mas também gostaria de esclarecer que nesse dia, nesse trágico dia, eu fui colocado em um limite, um limite que eu não gostaria de estar. Onde eu tive, infelizmente, que sujar a minha mão pra poder preservar minha vida, então peço perdão a todos, e em nome… não em meu nome, mas em nome de Deus, que eu sei que ele é misericordioso, justo… e que Deus possa confortar e consolar o coração de todos” , concluiu Henrique Velozo.
Leandro Lo levou um tiro na cabeça após uma discussão com o tenente da PM em agosto de 2022, durante um show do grupo Pixote em uma boate de São Paulo. O lutador ainda foi socorrido com vida, mas morreu no hospital. Segundo o agente, que estava de folga e sem uniforme no momento da confusão, o disparo foi feito em legítima defesa após ser atacado pelo campeão mundial de jiu-jítsu e ameaçado por outros amigos dele.
A tese da defesa foi aceita por ao menos quatro dos sete jurados, que votaram para absolver o acusado. A sentença foi proferida pela juíza Fernanda Jacomini, da 1ª Vara do Júri. Após a absolvição, Fátima Lo, mãe de Leandro, lamentou: “Foi impunidade. Ontem enterrei meu filho pela segunda vez. Esse é o sentimento”.






