5 dezembro 2025

Presidente da CBF defende Ancelotti após ataques xenofóbicos: “Total apoio”

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O Portal LeoDias Esportes teve a oportunidade de conversar de maneira exclusiva com o presidente da CBF, Samir Xaud, durante um evento organizado pela entidade em São Paulo nesta quarta-feira (26/11). Questionado pela repórter Dani Scatolin sobre os recentes ataques xenofóbicos promovidos por técnicos brasileiros ao treinador da Seleção, Carlo Ancelotti, em um evento na sede da entidade no início do mês, Xaud declarou repúdio às declarações e saiu em defesa ao italiano.

“Nós temos campanhas fortes dentro da instituição contra o racismo, contra a xenofobia. E eu deixei bem claro pois eu também fui vítima de xenofobia (por ser de Roraima) quando eu estava na disputa eleitoral, deixei claro que não toleraríamos isso. A gente não define um profissional por sua região ou por seu país, a gente define um profissional por sua capacidade de trabalho”, descreveu Samir Xaud.

Sobre a repercussão após declarações feitas por técnicos como Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão, Xaud descreveu a postura de Ancelotti como “tranquila”: “Acredito que ele sabe o profissional que ele é, o que ele representa pro futebol mundial, não só pro Brasil atualmente, ele ficou bem tranquilo. Isso deixou a gente mais tranquilo também”.

Veja as fotosAbrir em tela cheia ReproduçãoReprodução @rafaelribeirorio l CBF Samir XaudReprodução/Instagram/ @samir.xaud Xaud foi aos Estados Unidos para assistir o Mundial de ClubesReprodução: Instagram/Samir Xaud Xaud na Cúpula Executiva do Futebol da FIFA com Gianni Infantino, presidente da entidadeReprodução: Instagram/Samir Xaud

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O 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, realizado na sede da CBF, no último dia 4 de novembro, reuniu nomes históricos do futebol nacional e prestou homenagem ao técnico da Seleção, Carlo Ancelotti. O encontro, planejado para celebrar profissionais do país e exaltar o treinador italiano, acabou ganhando tom de debate quando ex-treinadores se posicionaram publicamente sobre a presença de técnicos estrangeiros no Brasil.

Durante o evento, ex-jogadores e ex-treinadores subiram ao palco para discursos em homenagem aos colegas e ao italiano. No entanto, o clima no auditório mudou quando Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira tocaram no tema da concorrência com treinadores de fora do Brasil, com Ancelotti sentado na primeira fila.

Campeão do mundo em 1970, Emerson Leão abriu sua fala afirmando que sempre foi contrário à contratação de técnicos estrangeiros no país. “Eu sempre disse que eu não gosto de treinadores estrangeiros no meu país”, declarou, dirigindo-se à plateia e citando o presidente da Federação Brasileira de Treinadores, Vagner Mancini.

Apesar de relembrar o posicionamento histórico, Leão afirmou ter mudado de visão sobre as causas do movimento de chegada de estrangeiros ao futebol nacional. “Isso tudo tem um culpado. Nós. Nós, treinadores, somos culpados da invasão de outros treinadores que não têm nada a ver com isso”, completou, defendendo que os técnicos brasileiros evoluam e se organizem.

Ao final do discurso, o ex-treinador desejou sucesso a Mancini e, olhando diretamente para Ancelotti, repetiu: “Boa sorte no seu futuro. Boa sorte para você também”.

Outro homenageado, Oswaldo de Oliveira reforçou a defesa por um técnico brasileiro no comando da Seleção. Ele afirmou que não desejava um estrangeiro no cargo, mas reconheceu que, diante da escolha da CBF, apoiou Ancelotti.

“Eu não queria treinador estrangeiro, mas não tinha jeito, se tivesse que ser, que fosse esse senhor. Torci pra ser esse senhor”, declarou. Em seguida, completou com referência ao futuro do posto: “Depois que ele for embora, campeão do mundo, que venha um brasileiro”.

O comentário gerou reação da FBTF, que criticou a postura dos homenageados, em especial Oswaldo de Oliveira.

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