5 dezembro 2025

Quem é o PM líder de quadrilha e a advogada que torturavam vítimas

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Entre os seis investigados por agiotagem, lavagem de dinheiro e extorsão, presos nesta sexta-feira (28/11) pela Polícia Civil de Goiás, dois são um casal: um policial militar de Luziânia e uma advogada. A coluna Na Mira apurou que o PM, identificado como Hebert Povoa, seria o líder do grupo criminoso, enquanto Tatiane Meireles, além de oferecer suporte jurídico para “blindar” a quadrilha, teria participado diretamente das cobranças, agindo com violência.

Vídeo: 

“Aqui no Goiás você vai aprender como funciona”

A vítima que é agredida e torturada estava agachada no chão, resmungando de dor, chorando e sussurrando “Aí”. Um homem o agrediu diz: “Tira da casa dos outros. Aqui no Goiás você vai aprender como funciona”. O agressor chutou a vítima e ordenou: “Levanta! Cola aqui até às 9 da noite.”

A vítima respondeu: “Eu não sei onde está a lente do meu óculos. Não consigo enxergar.” O agressor retrucou: “Então vai morrer atropelado.” Quando a vítima finalmente localizou a lente, a advogada gritou: “Levanta! Levanta o braço, porra!” e partiu para o ataque.

Imagens: 

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PM de Luziânia

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Herbert Póvoa

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Tatiane e Hebert

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Casal preso

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Tatiane Meireles

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Entenda o caso:

  • O casal e outros quatro investigados foram presos nesta sexta-feira (28/11) por policiais civis da 5ª Delegacia Regional de Luziânia.
  • No total, três deles são policiais militares de Luziânia. O grupo atuava como uma organização criminosa estruturada.
  • A operação mira crimes de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro.
  • Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os agentes recolheram diversas armas e cerca de R$ 10 mil em espécie.

Agressão e tortura

A advogada, além de oferecer suporte jurídico para “blindar” a quadrilha, também teria participado diretamente das cobranças, agindo com violência. Em um vídeo ao qual o Metrópoles teve acesso, ela aparece golpeando uma das vítimas com um cassetete durante uma cobrança.

Informações preliminares indicam que o grupo movimentava grandes quantias de dinheiro e recorria sistematicamente a ameaças e agressões físicas contra devedores submetidos a juros abusivos. Há relatos de vítimas que viviam sob constante intimidação, temendo novas investidas violentas.

Leia também

A coluna Na Mira entrou em contato a OAB-GO. Também tentamos localizar a defesa dos envolvidos citados. O espaço segue aberto para manifestações.

Posicionamento

Em nota, a Polícia Militar de Goiás informou que a corporação teve conhecimento da operação da Polícia Civil e que não compactua com desvios de conduta e reitera seu compromisso com a ética, a legalidade e a transparência. As medidas administrativas cabíveis já foram adotadas e seguirão em estrita observância às normas internas.

A Polícia Militar do Estado de Goiás permanece colaborando integralmente com as investigações, a fim de esclarecer todos os fatos no âmbito judicial.

 

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