O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou, nesta segunda-feira (17/11), a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu pelo crime de coação no curso do processo. O filho de Jair Messias Bolsonaro é acusado de obstruir as investigações no processo da trama golpista contra o ex-presidente.
Em suas redes sociais, o político afirmou que estaria orgulhoso de ter sido transformado em réu: “Ser chamado de réu num país onde esta mesma Suprema Corte, que me processa, solta bandidos, é motivo de orgulho. E os que celebram esta notícia são pobres de espírito, frutos de sua própria ignorância. Que Deus tenha piedade”.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Eduardo Bolsonaro (PL/SP) em conteúdo para suas redes sociaisReprodução: X/@BolsonaroSP Supremo Tribunal Federal (STF) está com o julgamento sobre nepotismo em cargos políticos adiadoFoto: Luiz Silveira/STF Eduardo Bolsonaro durante homenagem à Data Nacional da Criação do Estado de Israel, ainda em maio de 2024Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Eduardo Bolsonaro (PL/SP) em audiência pública realizada no último dia 27 de agosto para apuração de denúncias de violações de direitos no 8 de janeiroFoto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados
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A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro foi aceita pelo STF na última sexta-feira (14/11). O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi o primeiro a votar a favor da ação penal contra o deputado federal. Moraes foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Carmem Lúcia.
De acordo com a denúncia, Eduardo e o blogueiro Paulo Figueiredo articularam, diretamente dos Estados Unidos, onde o político reside desde março deste ano, para o governo norte-americano aplicar sanções contra autoridades que investigam, processam e julgam seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de estado.
“A grave ameaça materializou-se pela articulação e obtenção de sanções do governo dos Estados Unidos da América, com a aplicação de tarifas de exportação ao Brasil, suspensão de vistos de entradas de diversas autoridades brasileiras nos Estados Unidos da América e a aplicação dos efeitos da Lei Magnitsky a este ministro relator”, diz o relatório.
Apesar do voto dos quatro ministros, a análise segue aberta no plenário virtual até o dia 25 de novembro, quando os ministros ainda podem mudar de voto, pedir vista ou levar o caso ao plenário.