A série Tremembé, lançada na última sexta-feira (31/10), no Prime Video, trouxe de volta aos holofotes algumas das presas mais conhecidas do Brasil, como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga. Mas também revelou ao grande público uma figura até então pouco lembrada fora dos muros da penitenciária: Sandra Regina Ruiz Gomes, a “Sandrão”. Dentro da prisão, ela era respeitada, temida e conhecida por seus relacionamentos com as duas detentas mais famosas do país.
Na produção, interpretada por Letícia Rodrigues, Sandrão é retratada como uma figura dominante e carismática. O enredo mostra seus envolvimentos amorosos com Elize, vivida por Carol Garcia, e posteriormente com Suzane, papel de Marina Ruy Barbosa. Com esta última, a relação chegou a um “casamento” simbólico dentro da prisão — um termo de compromisso sem validade legal, mas que lhes garantia o direito de conviverem na ala de casais.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Sandrão, namorada de Suzane na cadeia, foi interpretada por Letícia RodriguesReprodução X/ montagem Marina Ruy Barbosa, Carol Garcia e Leticia Rodrigues como Suzane, Elize e Sandrão na série “Tremembé”Divulgação/Prime Video Marina Ruy Barbosa, Carol Garcia e Leticia Rodrigues como Suzane, Elize e Sandrão na série “Tremembé”Foto: Divulgação/Prime Video Letícia Rodrigues como Sandrão em “Tremembé”Divulgação/Prime Video
Voltar
Próximo
Nenhum item relacionado encontrado.
De “Galega” a “Sandrão”
Sandra Regina Ruiz Gomes foi condenada em 2003 a 27 anos de prisão por participação no sequestro e assassinato do adolescente Talisson Vinicius da Silva Castro, de 14 anos, em Mogi das Cruzes (SP). Na época, era chamada de “Galega” e tinha apenas 20 anos. Segundo as investigações, ela e outros três cúmplices, entre eles o então namorado, Valdir Ferreira Martins, exigiram resgate da família, que chegou a pagar R$ 3 mil. Mesmo assim, o garoto foi morto com um tiro na cabeça.
Durante o julgamento, Sandra admitiu envolvimento, mas afirmou ter agido sob ameaça. Reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo anos depois apontam que ela foi responsável por telefonar à família da vítima durante o sequestro. O corpo de Talisson foi encontrado com sinais de tortura: amarrado, amordaçado com uma echarpe feminina e com um saco plástico na cabeça.
Fama e liderança em Tremembé
Transferida para a Penitenciária Feminina de Tremembé em 2011, após agredir um agente penitenciário, Sandrão rapidamente ganhou notoriedade entre as presas. Apesar da fama de “barra pesada”, também participava de atividades internas, chegando a apresentar eventos e concursos de beleza na unidade.
Foi em Tremembé que se aproximou de Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, relacionamentos que a tornaram conhecida nacionalmente. Em 2015, após mais de uma década atrás das grades, obteve o direito ao regime semiaberto e, posteriormente, ao aberto.
Hoje, já fora da prisão e longe da mídia, Sandrão leva uma vida discreta, sem aparições públicas ou novas informações conhecidas.






