A Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, volta a ser palco de mobilização política e artística neste domingo (14/12), quando Caetano Veloso convoca o público para participar do “Ato Musical 2: O Retorno”. A concentração está marcada para o início da tarde, entre os postos 4 e 5, com falas políticas previstas a partir das 14h e apresentações musicais a partir das 16h.
A iniciativa surge como reação direta ao chamado PL da Dosimetria, aprovado recentemente na Câmara dos Deputados. Críticos do projeto afirmam que o texto abre margem para a redução de penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para Caetano, o protesto ultrapassa um único tema e se transforma em um chamado mais amplo em defesa da democracia brasileira.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Cartaz que convoca público para ato contra PL da Dosimetria, evento que contará com shows gratuitos de vários artistasReprodução: Instagram/@342artes Cartaz que convoca público para ato contra PL da Dosimetria, evento que contará com shows gratuitos de vários artistasReprodução: Instagram/@342artes Cartaz que convoca público para ato contra PL da Dosimetria, evento que contará com shows gratuitos de vários artistasReprodução: Instagram/@342artes Caetano Veloso em vídeo onde convoca público para ato contra PL da Dosimetria, evento que contará com shows gratuitos de vários artistasReprodução: Instagram/@caetanoveloso Manifestação em São Paulo, na Avenida PaulistaReprodução: X
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Em vídeos e declarações recentes, o artista tem reforçado a importância da mobilização popular, especialmente entre os mais jovens. O cantor que, desde jovem tem o costume de se engajar em pautas políticas, acredita que ocupar o espaço público é uma forma de reafirmar o compromisso com o futuro do país. A convocação traz como lema a ideia de “devolver o Congresso ao povo”, frase que ganhou força nas redes sociais.
Em suas redes sociais neste sábado (13/12), Caetano publicou um vídeo convocando o público, com reflexões: “Eu tenho 83 anos e é uma barra que eu precise dizer essas coisas. Vivi muitos anos no Brasil e vivenciei a esperança do Brasil ser um lugar que possa dizer algo belo ao mundo. Eu tenho essa coisa desde menino. Terminando caindo na Música Popular acho que porque é a área mais forte do Brasil, tem mais força entre os brasileiros de todas as áreas e níveis. Então a Música Popular terminou me arrebatando mais principalmente porque acho que ela pode expressar o que sentem os brasileiros e ajudá-los a se respeitarem mais”, pontuou o experiente cantor.
Além da crítica ao projeto de lei, os organizadores elencaram outras bandeiras que devem nortear os discursos: investigação das chamadas “emendas Pix”, maior transparência em casos financeiros sob apuração, rejeição a propostas que fragilizam a proteção ambiental e os direitos indígenas, combate ao feminicídio e defesa da atuação técnica e independente da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal (MPF) do Supremo Tribunal Federal (STF).
A manifestação também dá continuidade a um ato realizado em setembro, no mesmo local, quando artistas se reuniram contra a PEC da Blindagem. Na ocasião, nomes como Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan e Lenine dividiram o palco com Caetano. Para este domingo, a expectativa é de novas participações de músicos e artistas alinhados às pautas do movimento.
A organização é do coletivo 342 Artes, coordenado por Paula Lavigne, produtora cultural e esposa de Caetano, que tem articulado ações políticas a partir da classe artística. Além do Rio de Janeiro, protestos semelhantes estão previstos em diversas capitais e cidades do país, incluindo São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Recife, reforçando o caráter nacional da mobilização.






