O presidente do São Paulo, Júlio Casares se pronunciou após um escândalo na exploração comercial irregular de um dos camarotes do Morumbis ser exposta pelo site Ge.globo envolvendo sua ex-mulher e diretora do clube, Mara Casares, e o diretor adjunta da base, Douglas Schwartzmann. Em nota, o mandatário tricolor informou que não irá fazer “condenação prévia”, mas que irá agir com “rigor” caso fatos sejam comprovados após a realização de uma sindicância do clube.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Reprodução Reprodução Reprodução Presidente do São Paulo Julio CasaresReprodução/Instagram: @sãopaulofc Agnews Reprodução
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Leia a nota oficial
“Tomei conhecimento da lamentável conversa telefônica em áudio gravado divulgado pela imprensa nesta segunda-feira, um dia muito triste para a instituição.
Só venho me manifestar agora, um dia inteiro após os fatos virem à luz, porque a prioridade é a de que tudo seja esclarecido e, se assim for necessário, as devidas medidas sejam tomadas.
Casos como este não podem passar sem serem devidamente esclarecidos, e isso será feito por meio da sindicância que foi instaurada imediatamente após a revelação do episódio. Este trabalho, está sendo feito em duas frentes: a primeira e mais importante é a auditoria externa, para que não haja nenhuma possibilidade de interferência política ou de influência de poder. Todos serão ouvidos e um relatório final dará ao Clube suas considerações e orientações de eventuais próximos passos. Em paralelo, a sindicância interna será tocada pelo departamento de compliance.
Não defendo e nem pratico prejulgamento e condenação prévia. Acredito no amplo direito à defesa. Mas ressalto que, seja qual for o resultado da sindicância, vamos agir com rigor com quem quer que eventualmente seja apontado com conduta inadequada no Clube. Não há e nem haverá favorecimento por proximidade, amizade, parentesco, função ou alinhamento político.
Não podemos conviver com malfeitos de nenhuma natureza. Nenhuma pessoa é e nunca será maior que o
São Paulo Futebol Clube”
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Entenda o caso
Um esquema de venda irregular de ingressos para um camarote no Morumbi provocou abalo nos bastidores do São Paulo nesta segunda-feira (15/12). Áudios divulgados inicialmente pelo ge.Globo revelam conversas que apontam a participação de dois membros da diretoria do clube em uma negociação considerada clandestina pelos próprios envolvidos.
Os áudios envolvem Douglas Schwartzmann, diretor adjunto da base, e Mara Casares, diretora feminina, cultural e de eventos do São Paulo, além de ex-esposa do atual presidente, Julio Casares. Segundo a reportagem do ge.globo, ambos repassaram de forma irregular o direito de uso de um camarote do estádio para uma intermediária, com fins comerciais.
O camarote em questão, conhecido como “3A”, fica ao lado do espaço reservado à presidência do clube e teria sido cedido por Márcio Carlomagno, atual CEO do São Paulo e possível candidato à presidência na eleição de 2026, apoiado pela chapa de situação. O episódio ocorreu em fevereiro deste ano, durante o show da cantora colombiana Shakira no Morumbis.
O caso veio à tona a partir de um processo que tramita na 3ª Vara Cível do Foro Regional IX, Vila Prudente. Na ação, a empresária Rita de Cássia Adriana Prado afirma ter recebido de Schwartzmann e Mara o direito de explorar comercialmente o camarote. A partir disso, ela teria faturado mais de R$ 130 mil com a venda de ingressos, com valores superiores a R$ 2 mil por bilhete.
O esquema começou a ruir após Rita entrar na Justiça contra outra empresária, Carolina Lima Cassemiro. Segundo o processo, Carolina teria retirado um envelope com 60 ingressos do show sem autorização. Rita afirma que vendeu os bilhetes por R$ 132 mil, mas recebeu apenas R$ 100 mil, o que motivou a retenção do material.
Além da ação judicial, Rita registrou um boletim de ocorrência contra Carolina na 34ª Delegacia de Polícia, no bairro do Morumbi.
Ao tomarem conhecimento da ação e do registro policial, Schwartzmann e Mara passaram a pressionar Rita para que ela retirasse o processo, com receio de que o esquema viesse a público. As conversas telefônicas entre os envolvidos foram gravadas e vazaram, dando origem à reportagem publicada pelo portal nesta segunda-feira.
Em um dos trechos divulgados, Douglas Schwartzmann admite que a venda do camarote ocorreu de forma clandestina e critica a empresária por expor o caso. Em outro momento, ele afirma que todos os envolvidos tinham ciência da irregularidade e reconhece que houve ganho financeiro para mais de uma parte.
Nas gravações, Schwartzmann também orienta Rita a procurar sua advogada, Karoline Moraes de Oliveira, e encerrar o processo judicial. Em tom de alerta, ele sugere que a continuidade da ação poderia comprometer o uso futuro do camarote e prejudicar novas negociações envolvendo shows no estádio.
A ligação com os áudios vazados ocorreu pouco antes da sequência de eventos musicais realizados no Morumbis entre setembro e novembro, período em que o São Paulo precisou mandar partidas na Vila Belmiro durante a reta final do Campeonato Brasileiro.
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