17 dezembro 2025

Caso de venda irregular de camarote no Morumbis vem à tona após vazamento de áudios

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Um esquema de venda irregular de ingressos para um camarote no Morumbi provocou abalo nos bastidores do São Paulo nesta segunda-feira (15/12). Áudios divulgados inicialmente pelo ge.Globo revelam conversas que apontam a participação de dois membros da diretoria do clube em uma negociação considerada clandestina pelos próprios envolvidos.

Os áudios envolvem Douglas Schwartzmann, diretor adjunto da base, e Mara Casares, diretora feminina, cultural e de eventos do São Paulo, além de ex-esposa do atual presidente, Julio Casares. Segundo a reportagem do ge.globo, ambos repassaram de forma irregular o direito de uso de um camarote do estádio para uma intermediária, com fins comerciais.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Agnews Presidente do São Paulo Julio CasaresReprodução/Instagram: @sãopaulofc Estádio MorumbisCrédito Internet Reprodução

São Paulo recebe Stuttgart no Centro de Treinamento e reforça parceria com clube alemãoReprodução/Instagram: @sãopaulofc

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O camarote em questão, conhecido como “3A”, fica ao lado do espaço reservado à presidência do clube e teria sido cedido por Márcio Carlomagno, atual CEO do São Paulo e possível candidato à presidência na eleição de 2026, apoiado pela chapa de situação. O episódio ocorreu em fevereiro deste ano, durante o show da cantora colombiana Shakira no Morumbis.

O caso veio à tona a partir de um processo que tramita na 3ª Vara Cível do Foro Regional IX, Vila Prudente. Na ação, a empresária Rita de Cássia Adriana Prado afirma ter recebido de Schwartzmann e Mara o direito de explorar comercialmente o camarote. A partir disso, ela teria faturado mais de R$ 130 mil com a venda de ingressos, com valores superiores a R$ 2 mil por bilhete.

O esquema começou a ruir após Rita entrar na Justiça contra outra empresária, Carolina Lima Cassemiro. Segundo o processo, Carolina teria retirado um envelope com 60 ingressos do show sem autorização. Rita afirma que vendeu os bilhetes por R$ 132 mil, mas recebeu apenas R$ 100 mil, o que motivou a retenção do material.

Além da ação judicial, Rita registrou um boletim de ocorrência contra Carolina na 34ª Delegacia de Polícia, no bairro do Morumbi.

Ao tomarem conhecimento da ação e do registro policial, Schwartzmann e Mara passaram a pressionar Rita para que ela retirasse o processo, com receio de que o esquema viesse a público. As conversas telefônicas entre os envolvidos foram gravadas e vazaram, dando origem à reportagem publicada pelo portal nesta segunda-feira.

Em um dos trechos divulgados, Douglas Schwartzmann admite que a venda do camarote ocorreu de forma clandestina e critica a empresária por expor o caso. Em outro momento, ele afirma que todos os envolvidos tinham ciência da irregularidade e reconhece que houve ganho financeiro para mais de uma parte.

Nas gravações, Schwartzmann também orienta Rita a procurar sua advogada, Karoline Moraes de Oliveira, e encerrar o processo judicial. Em tom de alerta, ele sugere que a continuidade da ação poderia comprometer o uso futuro do camarote e prejudicar novas negociações envolvendo shows no estádio.

A ligação com os áudios vazados ocorreu pouco antes da sequência de eventos musicais realizados no Morumbis entre setembro e novembro, período em que o São Paulo precisou mandar partidas na Vila Belmiro durante a reta final do Campeonato Brasileiro.

Nota do São Paulo
Após o escândalo ser revelado, o São Paulo se pronunciou para a imprensa por meio de uma nota oficial:

“O São Paulo Futebol Clube informa que tomou conhecimento do conteúdo do áudio por meio da imprensa e que realizará a devida apuração dos fatos. Com base nessa análise, o Clube adotará as medidas que se mostrarem necessárias.

Na manhã desta data, os conselheiros Douglas Schwartzmann e Mara Casares solicitaram licença de seus respectivos cargos na gestão.”

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